10 fev Clássico x Violência
Quando um clássico se aproxima é mais do que normal falar de rivalidade. Acontece que, temos visto com freqüência essa rivalidade acontecer de forma não sadia e causar tumulto e até mortes de torcedores. Dessa vez, a Arena do Jacaré é toda nossa, mas o assunto ‘violência’ continua em pauta.
Dia desses a colega Viviane Rodrigues tratou do assunto aqui no site. E como é um assunto de muita relevância, resolvi ir atrás de mais opiniões.
Conversei com um ex-integrante de uma torcida organizada celeste, que pediu para não ser identificado. Segundo ele, as brigas que estão acontecendo não são nenhuma novidade, como já sabemos. O que mudou foi o interesse da mídia pelo assunto. “Vendo do ponto de um cidadão comum, que é onde estou hoje, é lamentável, e inevitavelmente tudo caminha para o fim das torcidas, o que hoje em dia já acho que seria algo bom… As brigas com certeza não deixarão de acontecer, mas vai enfraquecer muito as torcidas estruturalmente, diminuindo os confrontos.”
Ele me explicou que já não sabe dizer como as torcidas organizadas têm se comportado em dia de clássico de torcida única como será o jogo deste sábado, mas fez o alerta: “a torcida que não pode ir pro jogo com certeza não fica em casa também”. De sua experiência, da época em que era membro de T.O, ele lembra que “dia de clássico começa cedo, o pessoal se reúne no pela manhã e antes de ir pro jogo quase sempre da uma passada na ‘área’ do rival”. É aí que a gente tenta lembrar aos torcedores celestes que ficarão em BH para que evitem passear uniformizados na “área” do time rival e para tentar ao máximo evitar confusões. Esse pedido, é claro, serve também para os torcedores rivais. Não somos os únicos responsáveis por evitar confusões e nem eles por promovê-las.
Em cidades do interior, a confusão também acontece. Tauan Fellipe é de Pará de Minas e disse que após os clássicos também existe a possibilidade de confronto nas ruas. Ele esteve envolvido em um desses confrontos, quando foi abordado por um grupo de torcedores do Atlético-MG e precisou se defender.
O que se espera para esse clássico que acontecerá em Sete Lagoas é que a torcida cruzeirense que estiver presente no estádio faça uma festa bonita, com direito a cantoria e gritos de gol, mas sem nenhum tipo de briga. A equipe do Guerreiro dos Gramados também fica na torcida para que não ocorra nenhum caso de violência nos bares e ruas de Belo Horizonte no dia do jogo.
Felizmente, o fato de ter uma torcida só no estádio já reduz e muito as chances de confronto. Só lamento o preço, um pouquinho salgado: R$ 40.00, tendo em vista que a estréia na Libertadores se aproxima, ingressos a R$ 50,00. Tá valendo. De qualquer forma, a casa é nossa e a festa tem que ser nossa também.