12 mar Até onde podemos chegar, se é que podemos
Pois é amigos, lá se vai mais uma rodada da Libertadores 2010 e o Cruzeiro continua sem vencer fora de casa. O que acontece com esse time quando sai de Belo Horizonte? A saga começou no domingo contra o Tupi. Nos bastidores a polêmica da recusa da Federação Mineira no pedido formal de adiantamento da partida que foi no Domingo para sábado. Justamente para o time ter mais tempo de se recuperar e viajar para Venezuela.
O que se viu domingo foi uma preguiça sem tamanho de alguns jogadores. Muitos vão me criticar pelo que vou dizer, mas Fábio foi um deles. Na minha visão, falhou nos dois primeiros gols do Tupi. No primeiro um chute espirita que ele fez golpe de vista, no segundo uma bola defensável que ele me espalma para o meio da área.
Ontem o que se viu foi a volta dessa preguiça. Principalmente do setor defensivo e dos volantes ou seja, meio time. Leonardo Silva falhou, Diego Renan péssimo defensivamente, Thiago Heleno fraco e em alguns momentos perdido, Jonathan e sua infeliz mania de subir para o ataque, cismar que é meia e deixar aquela avenida do lado direito. Não me venham dizer que ele tem qualidade para isso porque não tem. Ele é lateral. Tem que fazer o feijão com arroz e ficar depois dos treinamentos, treinando cruzamentos. Ele não cruza uma bola sequer na cabeça dos atacantes.
Jonathan sobe e quem deveria fazer a cobertura não o faz, Paraná esteve mal e Henrique voltou a jogar aquele futebol medíocre de quando chegou ao Cruzeiro. Longe de suas boas atuações desde o meio do ano passado. Mas muito longe mesmo.
Na frente Thiago Ribeiro também não se houve bem. Kléber foi o diferencial. O que faltou no time ele tinha sobrando, estava esbanjando vontade e raça, tanto que no primeiro gol esticou o pé entre dois zagueiros sem medo e meteu para dentro, como manda o figurino.
É o menos culpado por esse empate ridículo frente ao quarto time em expressão da Venezuela. Time que até então, não havia marcado um gol sequer na competição e se não me engano foi os primeiros dois gols que o Cruzeiro toma em jogos na Libertadores contra times venezuelanos. É o Cruzeiro quebrando tabus.
Com essa falta de vontade, com essa preguiça, com esse padrão insosso que vimos ontem, até onde o Cruzeiro pode chegar nesta Libertadores?
Julgando por este jogo e pela situação de nosso grupo, sinto muito, mas nem chegar vai, porque da primeira fase não passa. O Cruzeiro poderia empatar em número de pontos com o Velez e colocar uma pressão em cima deles para o jogo da próxima terça-feira contra o Colo-Colo. Com este empate ridículo, o Cruzeiro no momento tem um aproveitamento de 44% e estaria FORA das oitavas de final. Nem passaria da primeira fase.
Colocarei abaixo as próximas partidas e o que eu acho que deve ser o resultado para o Cruzeiro terminar em primeiro ou se classificar entre os melhores segundos.
Colo-Colo x Velez – empate
Cruzeiro x Deportivo Itália – Vitória (com goleada de preferência)
Velez x Colo-Colo – Empate ou vitória do velez
Cruzeiro x Velez – 1 a 0 – É goleada
Deportivo Itália x Colo-Colo – empate
Colo-Colo x Cruzeiro – Empate com sabor de vitória ou vitória do Cruzeiro (derrota nem pensar)
Velez x Deportivo Itália – Vitória do Velez
Com estes resultados o Cruzeiro ficaria em primeiro lugar junto com o Velez com 11 pontos e o Cruzeiro levaria a melhor no saldo de gols ou então ficaria em segundo e se classificaria na bacia das almas como o quarto ou sexto lugar, se não me engano, entre os melhores segundos. Fiz os cálculos rápidos, portanto se eu estiver errado me corrijam.
O que o Cruzeiro precisa além desta combinação? Primeiramente vontade, motivação. Coisa que não vimos. Adilson pediu ao Marketing do clube que fizesse banners e colocasse nos corredores de acesso ao campo para que o time entrasse motivado em campo. Penso eu, que em Libertadores os jogadores tem que ter aulas sobre a competição pelo menos duas vezes por semana para não perder o foco.
Os jogadores deveriam ter como “dever de casa” assistir às partidas antigas do clube pela Supercopa e Libertadores que ganhamos para que eles possam ver o que realmente era vontade de vencer. Para mostrar que tem um grupo unido, depois da morte de Roberto Batata que era o camisa 7 do time, no jogo contra o Alianza Lima, o primeiro sem o atleta, o Cruzeiro fez sete gols pra homenagear o companheiro morto.
Faltou e ainda faltando doação, entrega e raça do time.
Libertadores não é só jogar feio, futebol de resultado, catimba e querer dar o troco nos argentinos não. Tem que ter o sangue fervendo, tem que ter brio, vergonha na cara e VONTADE.
Aliando estes fatores podemos sim chegar longe. Caso contrário….
Nos restam três rodadas para confirmamos nossa força e é nisso que nos devemos focar. Avante Cruzeiro!!!!
Gostaria de mandar um abraço ao amigo que há muito não via, Dudu Bernardino e seu irmão Márcio que estudou comigo na época de segundo grau. Faz tempo! Aos amigos Rodolfo, Juliano e Priscila de Ipatinga ao Arthur Oliveira, Cruzeirense lá em Guaraparí-ES e a todos que acessam, leem e comentam minha coluna neste espaço.
É isso ae!