26 ago As “doses” de talento da vitória: Montillo e Fábio
Graças a duas “doses” de talento de Montillo e Fábio, o Cruzeiro vence uma importante partida contra o Corinthians. Ainda não é o futebol dos sonhos, mas já foi bem melhor do que na partida anterior. Vamos deixar uma coisa bem clara: o resultado de ontem não apaga os problemas do time, os muitos pontos jogados fora e o péssimo futebol de outras partidas.
O esquema com três zagueiros funcionou ontem por causa do bom posicionamento dos defensores na sobra, e também dos volantes, que defendiam e apoiavam o ataque, com boa saída de bola.
Porque se depender dos laterais, a coisa tá feia. Jonathan foi mal no apoio, mas pelo menos não comprometeu. Éverton não é reserva para Diego Renan, e o estreante Pablo ainda é uma incógnita.
Pelo menos em algumas poucas posições, o Cruzeiro já mostra que está bem servido.
Montillo fez um gol de quem sabe. É a “dose” de ousadia e inovação que o Cruzeiro precisava. Qualquer outro meia do elenco tentaria cruzar a bola na área. Montillo arriscou o chute inesperado, foi feliz e correu pra galera. Futebol ele tem, basta querer, que ele será um grande ídolo da torcida.
Sobre o pênalti…o jogador do Corinthians bateu mal? E daí? O importante é Fábio ter defendido – com ou sem sorte, está em grande fase. Se Montillo fez o gol da vitória, foi Fábio quem manteve os três pontos na Toca.
Destaco também a raça e a motivação de Wellington Paulista – precisa jogar com a cabeça mais fria, mas é nosso principal centroavante hoje. Grande atuação, dedicando-se ao time ao invés de ser individualista.
Cuca teve uma jornada feliz ontem, mas vamos devagar – ainda tem muito o que fazer. Especialmente porque ontem, mais uma vez, o “estilo Adílson Batista de ser” voltou a dar as caras – e ele provou do próprio veneno. Domingo, o Corinthians atropelou o São Paulo, mas na partida seguinte, o mesmo time, os mesmos jogadores, fora de casa, joga mal e de forma tímida. Já vimos este filme antes.
Antes que os leitores desconfiem, eu não tenho nada contra Cuca, nem sou eternamente a favor de Adílson. Sei reconhecer um trabalho bem feito, com a mesma firmeza que eu reclamo das coisas erradas.
Adílson teve bons momentos no Cruzeiro, mas errou bastante, ficou no “quase” e hoje é parte do passado. Eu não era a favor da contratação de Cuca, exatamente por causa do seu passado. Tomara que o futuro deste treinador no Cruzeiro seja de vitórias e conquistas.
Abraços a todos.