22 jul Aquele famoso apito amigo
Quem não se lembra do dia 13 de novembro de 2010? Quem não se lembra do que aprontaram para cima do Cruzeiro nessa partida que fez do volante Fabrício um ídolo da torcida do Cruzeiro? Como em todo jogo do Corinthians , essa foi apenas mais uma partida em que a CBF deu o seu jeitinho para colocar esse projeto de time na mídia brasileira. Mas. como sempre, sem sucesso pela incompetência dos dirigentes corintianos, o resultado do final do ano foi a seletiva da Libertadores.
Treze de novembro entrou na memória do torcedor cruzeirense. Lembro como se fosse hoje que um conterrâneo de Poços de Caldas, chamado Sandro Meira Ricci, tirou o Tri Campeonato Brasileiro do maior clube do Brasil. Essa data ficará marcada como muitas outras em que a arbitragem agiu determinada em construir a historia dos times do eixo Rio e São Paulo. Essa forma de se ganhar títulos fora de campo vem de longa data, em 1974, em que a arbitragem já agia de maneira tendenciosa. Nesse ano, Armando Marques tirou o título brasileiro da Raposa.
No próximo domingo, Cruzeiro e Corinthians entram em campo pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro e, sinceramente, não espero nada menos que mais um assalto programado na competição. Esperar que a Raposa entre em campo e tenham uma arbitragem imparcial é acreditar em duendes. O time azul tem que entrar disposto a vencer a arbitragem e a contornar os erros do Corinthians – ou seria ao contrário? Não sei, mas quando se entra para enfrentar esse time o que mais se vê são as lambanças dos árbitros.
Resta ao torcedor torcer para que os Guerreiros dos Gramados em campo superem todas as adversidades. A raça e a vontade de vencer terão que ser, no mínimo, igual a do guerreiro Fabrício, que na última partida, inconformado com os acontecimentos, e depois de uma grande luta dentro de campo, heroicamente abandonou o campo de jogo.
Jogar contra times do eixo Rio/São Paulo é sempre ter que doar algo mais nas partidas. Isso não é folclore, são fatos repetidos todos os anos. Jogar contra o Corinthians no Pacaembu é brincar de sorte ou azar. O melhor a se fazer é entregar nas mãos de Deus para que ele faça um milagre, porque quando eles não aguentam na bola, o apito amigo sempre ajuda.
Vamos, vamos, Cruzeiro…