Apontando culpados


O Cruzeiro segue com 21 pontos, caindo para o 12º lugar na tabela. Gostaria de começar o texto de outra maneira, mas não consegui encontrar nada diferente disso. Diretoria, comissão técnica e jogadores tem sua parcela de culpa nessa má fase do Cruzeiro. Quem viu o jogo contra o Atlético Paranaense sabe do que estou falando.

Foto: Divulgação/InternetMas é claro que Joel Santana tratou logo de colocar a culpa na falta de maturidade dos jogadores, que aos 42 minutos do segundo tempo, após um escanteio a favor do Cruzeiro, deixaram o Atlético livre para o contra-ataque. De fato a zaga falhou e o que é pior, numa jogada repetida durante toda a partida. Mas vale lembrar que metade do primeiro tempo foi dominado pela raposa.

Então, o que aconteceu no segundo tempo? Nosso excelentíssimo técnico demorou demais para mexer e Anselmo Ramon acabou sendo expulso. Deu para notar também que o preparo físico da equipe deixou a desejar. Todos andando em campo, sem atitude, conformados com o empate. Tudo bem, o resultado não era de todo ruim, mas o time não pode adotar essa postura sempre que estiver jogando fora de casa. Entendem agora porque disse que todos tem uma pontinha de culpa?!

Porém, se tivesse que apontar o principal responsável pela última derrota, especificamente, colocaria meu dedo na face do Tio Joel. O imaturo da história é ele. Além de não conseguir organizar o próprio esquema tático, fez substituições desnecessárias e instaurou a retranca furada da raposa. Não adianta querer neutralizar as jogadas do time adversário com uma zaga que não se entende, com um time que anda em campo. Já que é para recuar o time, que faça com destreza.

O estilo “Papai Joel” não funciona e não vai funcionar para o Cruzeiro. Confesso que não sou a favor desse troca-troca de técnicos, mas o perfil dele não se encaixa no elenco Azul Celeste. O time precisa de alguém que conheça bem os jogadores e que coloque o time para frente.

Todos os torcedores se acham no direito de palpitar, de escalar o time, de apontar culpados e erros. Respeito o trabalho dos técnicos em geral. Sabemos que a tarefa de comandar um clube é árdua. Mas não podemos nunca deixar de cobrar e expressar nosso ponto de vista. A situação do Cruzeiro é desanimadora e, se continuar assim, vai ser preciso tomar uma atitude. E o primeiro a dançar vai ser o técnico, (in)felizmente.