
06 jun A torcida precisa se unir, a favor do Cruzeiro
São muitas notícias negativas nos últimos tempos, mas faço um pedido ao torcedor. Vamos nos unir em favor do nosso time. Somente assim podemos reverter esta situação.
Há mais ou menos um ano o torcedor celeste vem observando, dia após dia, mês após mês, jogo após jogo, os defeitos do Clube. Todos eles – ou pelo menos a maioria – foram bastante discutidos aqui no Guerreiro dos Gramados.
O que vou dizer aqui é meio repetido, é um resumo, apenas para colocar o leitor no assunto da coluna.
A diretoria anterior largou um monte de problemas, uma verdadeira terra arrasada, nas mãos do atual presidente. Técnico de segunda linha, jogador de baixa categoria, vários problemas de administração…tudo ainda muito recente na memória do torcedor.
Os atuais dirigentes podem até estar “tentando trabalhar” neste mar de lama que se transformou o Cruzeiro, mas apostou na “base do ano passado” que, como visto neste primeiro semestre, não deu certo.
As dispensas de jogadores como Marcos, Cribari, Rudnei, Bobô e Fábio Lopes, seriam um bom início de “faxina”, não fossem as recentes contratações. Ora, Fabinho, atacante ex-Guarani, e Rafael Donato, zagueiro ex-Bahia, até que se prove o contrário, são apenas mais dois nomes do mesmo nível daqueles que foram afastados.
Ainda dentro das quatro linhas, temos que dar um pouco mais de tempo a Celso Roth, mas tem muita coisa estranha acontecendo. Não dá para entender porque Wellington Paulista tem cadeira cativa no time – logo ele, que é o mais imprestável entre todos os atacantes. Além dele, outros inúteis, como Diego Renan, Amaral, e o eterno chinelinho Roger.
Até a expectativa para o Cruzeiro voltar a jogar em Belo Horizonte ficou em suspense, após a BWA mudar o contrato depois de já estar tudo acertado – o que também não me surpreendeu, porque todo mundo sabe quais foram as manobras desta negociação, com quem eles estão tratando e quais são os interesses politiqueiros, mercenários e maliciosos das pessoas envolvidas.
A imprensa também continua com seu papel negativo. Ao invés de atacar diretamente os problemas do Cruzeiro, que estão em todos os setores do clube – diretoria, parte administrativa, comissão técnica e jogadores – prefere ficar calada, empurrando a sujeira para debaixo do tapete.
Ou o que é pior, faz a mistura diabólica de “iludir o torcedor, criticar o Cruzeiro e ao mesmo tempo enaltecer o que acontece com o maior rival”, como naquela história envolvendo uma possível transferência do goleiro Fábio para o time que mais perde de 5 gols de diferença pra gente.
Poderia escrever páginas e mais páginas – provavelmente seriam suficientes para um livro – somente apontando tudo o que vem acontecendo de negativo no Cruzeiro, ao longo dos últimos tempos.
Poderia também repetir o que escrevi nas minhas últimas colunas – reclamar dos erros, apontar problemas e indicar soluções – pois isto é tudo o que está ao meu alcance. Se pudesse, faria mais, e aposto que vocês também, amigos leitores.
Mas vou fazer um pouco diferente hoje. É possível que, num passado recente, esteja a resposta e a solução para os nossos problemas.
Vou relembrar o que aconteceu no ano de 2009. Após a derrota na final da Libertadores em casa, o Cruzeiro entrou em parafuso – os resultados não aconteciam, nosso principal jogador estava envolvido em polêmicas (Kléber), tivemos que improvisar jogadores em outras posições por causa de lesões. Ao mesmo tempo, toda a festa e todos os holofotes estavam direcionados para outro time – aquele que sua torcidinha vestia camisas do Verón e comemorava liderança de campeonato, com um time lotado de jogadores contratados por um dirigente falastrão.
Naquela época o torcedor do Cruzeiro aguentou muito tempo calado, e esperou bastante, até que o trabalho começou a gerar resultados dentro de campo. No final do ano, a resposta foi histórica – classificação para a Libertadores, com direito a flanelinha e vergonha nacional do maior time de segunda divisão de Minas Gerais.
Por isso, chamo a torcida para se unir em torno do Cruzeiro. Vamos literalmente abraçar esta causa. As provocações vão continuar a acontecer, porque é da natureza dos outros ficarem agindo assim, histéricas e batendo asas com qualquer coisa que acontece, mesmo que seja contratar um atleta que só joga bem no Playstation ou no XBOX.
O Cruzeiro precisa da gente. Precisa de torcedores que cobrem mudanças, porque é da nossa natureza exigir sempre o melhor do nosso time. Mas também precisa de apoio, porque só nós, membros da torcida mais vitoriosa de Minas Gerais, temos verdadeira preocupação com o nosso clube.
Fica o pedido. E também a esperança de que um trabalho bem feito seja suficiente para recolocar o Cruzeiro no lugar que é seu de direito – na parte de cima da tabela, temido e respeitado pelos adversários.
Abraços a todos.