Zezé Perrella pede desculpas a torcida e acredita na conquista do Campeonato Brasileiro


O presidente celeste, Zezé Perrella, foi o primeiro a conceder entrevista coletiva após a derrota do Cruzeiro, por 2 x 1, na noite desta quarta-feira, no Mineirão, pela final da Copa Santander Libertadores. O dirigente pediu desculpas ao torcedor cruzeirense, mas manifestou a crença de que a equipe reagirá no Campeonato Brasileiro.

Realista, de início Zezé Perrella afirmou que o Cruzeiro não jogou o suficiente para vencer o Estudiantes na decisão. “Não sei nem o que dizer. Para mim, é o pior dia da minha vida. É pedir desculpa ao torcedor que acreditou, como a gente acreditava. Mas é um jogo de futebol. Acho que nós não fizemos também por merecer nesse jogo”, destacou. 

O presidente fez questão de reconhecer, no entanto, que os jogadores foram valentes. Acostumado a grandes vitórias, Zezé Perrella diz que uma perda como a desta quarta-feira o faz pensar em desistir. Mas reconhece que é um sentimento passageiro.

“Não faltou luta e vontade de vencer. Mais uma vez peço desculpas para a torcida. Neste momento, dá vontade de largar tudo. Mas a vida continua, o Cruzeiro é grande, nós vamos dar a volta por cima. Vamos procurar brigar pelo título Brasileiro, dá tempo ainda. Nós temos uma boa equipe”, ponderou.

Zezé Perrella descartou que o clima de euforia que tomou conta da torcida tenha afetado os atletas celestes. A lamentar, apenas a escalação do árbitro chileno Carlos Chandía, que ignorou faltas, deixou o jogo correr e prejudicou o espetáculo. Ele já havia atuado mal na vitória do Cruzeiro, por 2 x 1, sobre o São Paulo, no jogo de ida das quartas-de-final.

“Não houve oba-oba e ‘já ganhou’ entre os jogadores, nós sabíamos da dificuldade que seria esse jogo. A gente lamenta porque saímos na frente e tomamos dois gols bobos. O time a partir daí ficou nervoso. Eu não quero transferir a responsabilidade para esse juiz,  mas escolheram um ‘juizinho’ ruim. Já tinha sido um mal juiz aqui contra o São Paulo”, disse.

“Na cúpula da Confederação Sulamericana não existe um brasileiro. Existe o (Ildo) Nejar, mas que não é da diretoria. O secretário-geral é argentino, enfim. Eu não quero transferir responsabilidade, até porque tenho um respeito grande pelo presidente, mas acho que o Oscar Ruiz é quem tinha de ter apitado. Infelizmente a gente não decide isso”, concluiu.

Por fim, o presidente do Cruzeiro fez uma menção a Adilson Batista, para ele um treinador que merecia acrescentar no currículo o título da Copa Santander Libertadores.

“Eu sinto muito também pelo Adilson, um cara que a gente gosta demais, identificado com o Cruzeiro. Mais do que ninguém ele merecia esse título. Mas nós somos bicampeões da América, poucos times do Brasil são. Nós somos e outras oportunidades surgirão, o Cruzeiro vai disputar novas Libertadores e vamos brigar agora pelo Brasileiro”, afirmou.

Fonte: Site oficial do Cruzeiro