Vontade, suor e festa – e que festa!


Salve, Guerreiros!

Ontem, no Mineirão, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro, Cruzeiro e Atlético-MG protagonizaram um jogo sensacional. No fim, um empate, que ficou barato para o adversário. Todavia, o clássico ficou marcado, principalmente, pela superação celeste, jogando com uma intensidade há muito tempo não vista, e a participação brilhante da China Azul, que incessantemente apoiou, tendo papel decisivo no resultado obtido em campo.

Com novidades na escalação, Mano Menezes, mais uma vez, surpreendeu. A opção por jogar sem um jogador de referência, com Marquinhos no lugar de Leandro Damião, além de dar mais mobilidade ao ataque celeste, promovia o revezamento dos pontas nas respectivas funções decisivas. Deu certo. O jogo pelas laterais, um ponto de destaque do rival, foi praticamente anulado nos primeiros 45 minutos. No meio, Henrique e, sobretudo, Willians e Ariel Cabral, fizeram partidas notáveis. A imposição física e a determinação foram os principais fatores para que o Cruzeiro virasse a primeira etapa na frente. Na chance que teve, Willian não desperdiçou. Mesmo com menos posse de bola, o Cruzeiro foi mais efetivo e incisivo, conseguindo pressionar e forçar os erros da equipe adversária.

No segundo tempo, logo aos 6 minutos, o lateral Mena foi corretamente expulso. A partir daí, era normal que o adversário tentasse se impor e mantivesse a bola sempre rondando a área celeste. Só que, na velocidade, o Cruzeiro teve algumas chances claras para matar o jogo. Por incompetência e interferência, não marcamos. Depois de tanto resistir, o gol de empate saiu em uma desatenção da marcação. Ainda tivemos um pênalti no final, onde poderíamos ter saído com a vitória, mas quis o destino que este clássico terminasse mesmo empatado. Um jogaço!

A postura celeste deve ser elogiada do início ao fim. Os jogadores foram verdadeiros guerreiros, lutando intensamente a cada bola, sem parecer ter lance perdido. Além disso, nota-se uma clara evolução da equipe sob o comando do técnico Mano Menezes. Infelizmente, a vontade excessiva tem trazido um quê de falta de tranquilidade, o que tem nos impedido de conquistar vitórias mesmo dominando as partidas, como nas duas últimas rodadas. Acredito que, na sequência do trabalho, Mano corrigirá esse detalhe para que, novamente, o Cruzeiro entre nos trilhos das vitórias, tendo a permanência na Série A assegurada para 2016 o quanto antes.

A torcida foi um show à parte. Só quem estava presente no Gigante da Pampulha para descrever a sensação. Mesmo com o time em uma situação delicada, mais de 40 mil se uniram em uma só voz para empurrar a equipe em campo. A superioridade numérica do adversário foi compensada pelo apoio, pelos cânticos, pelos gritos; a China Azul deu mais uma prova da sua grandeza, sem precisar se escorar no que diz a imprensa mineira, sem precisar de ser enaltecida pelo mero clubismo de muitos formadores de opinião.

Ainda acredito que a crescente pela qual o Cruzeiro tem passado é o suficiente para escaparmos dessa zona nada confortável da tabela. A calma virá com as vitórias, que naturalmente aparecerão. Enquanto o entrosamento em campo vai chegando próximo do ideal, é necessário que o entrosamento entre time e torcida continue no seu ápice. O Cruzeiro precisa de nós, China Azul. Se por várias vezes este time nos proporcionou diversas alegrias, vamos ser os responsáveis por proporcionar os bons momentos da temporada de 2015.

Só mais 6 vitórias…

 

Por: Pedro Henrique Paraíso