25 nov Uma torcida que carrega o seu time: a Supercopa de 1992

Salve, Guerreiros! O texto de hoje não é uma análise tática, não fala de algum jogador específico e nem elogia o trabalho que tem sido feito em campo. Venho, mais uma vez, exaltar a China Azul. Mas não pelos feitos desta temporada, que tanto tem chamado a atenção de jogadores, torcedores em geral e imprensa, em todo o Brasil. Falemos de outro grande feito, pouco citado, mas que mostra mais da força da nossa grande torcida. Então voltemos ao ano de 1992.

O Cruzeiro, atual campeão da Supercopa, entrava em campo para defender seu título. Mas não seria fácil, afinal ali estavam todos os campeões da Taça Libertadores até então. O caminho do Cruzeiro não seria nada fácil: Atlético Nacional, River Plate, Olimpia e Racing foram os adversários celestes naquela disputa.

As vitórias épicas, como o 8×0 sobre o Atlético Nacional, pela primeira fase, e o 4×0 sobre o Racing, na decisão, nunca serão esquecidas. Mas antes do espetáculo nos gramados, a torcida celeste promoveu um verdadeiro espetáculo nas arquibancadas. A média de público celeste, ao longo da competição, foi de 73 mil pagantes por partida. A China Azul foi o motor que levou La Bestia Negra a mais uma importante conquista.

Desde sempre carregamos o Cruzeiro, em qualquer ocasião. Seja brigando por taças ou tentando fugir de situações incômodas, sempre nos unimos em prol dos objetivos. Cobramos muito, somos exigentes, mas ao final, mesmo discordando da diretoria ou do treinador, ou não gostando deste ou daquele jogador, sempre estaremos lá.

São 23 anos desde aquela conquista, e a torcida celeste continua impulsionando a equipe à frente, independente da situação. Nesta temporada, passamos por momentos turbulentos, mas pela força dos gritos da arquibancada, mais uma vez, nos reerguemos e voltamos a pleitear lugares mais altos. A força desta torcida permanece até os dias atuais, e permanecerá até quando houver uma camisa azul estrelada em qualquer disputa.

O bicampeonato da Supercopa foi conquistado, de fato, na Argentina, longe da torcida celeste. Mas quem vai tirar os méritos da China Azul nesta página heroica e imortal?

A CAMPANHA CELESTE

Por: Pedro Henrique Paraíso