Uma saudação ao Guerreiro


Uma saudação ao Guerreiro - Cruzeiro Esporte Clube - Foto:Vinnícius Silva / Agência Estado

Esse texto é pra você, cara.

Vou te mandar a real: já te critiquei algumas vezes. Sou um admirador daquele esquema, famoso no mundo inteiro, onde um jogador da sua posição é uma mera peça de reposição em alguns jogos. Quis que você ajudasse na recomposição, prendendo mais os volantes adversários, e atrapalhando as saídas de jogo. E quantas vezes reclamei por cada gol perdido…

Quero dizer o quanto admiro a tua postura. Ouviu muitas críticas (de imprensa e torcida), mas não abaixou a cabeça. Estava sempre ali, fazendo o seu trabalho no seu canto, sem muito alarde. Enquanto a torcida pedia Dagoberto, Júlio Baptista, entre outros, você se manteve no time titular. Teimosia? Talvez. Mas existem aquelas teimosias que, no fim das contas, saem melhor do que encomenda.

Mas hoje, cara… Hoje você me surpreendeu. Uns vão dizer que era sua obrigação, outros vão dizer que você apenas cumpriu bem o seu papel. Digo muito além disso: você jogou com o coração. Todas as tuas emoções, todos os teus sentimentos estavam em campo. Você não foi um mero “jogador de área”, você foi um GUERREIRO. Que comemoração foi aquela no segundo gol? Sinceramente cara, as lágrimas me vieram aos olhos. Se o título vier, a imagem da tua comemoração será um dos momentos mais marcantes pra mim, nessa trajetória.

Por fim, vou te dar um conselho: me desculpe se algum dia, no futuro, voltar a reclamar de você. Eu também coloco o coração ali, também dou a minha vida em campo junto com vocês. Aí mesmo, no próprio time, não existe cobrança? Então… Sou parte desse time. Sou um guerreiro, um torcedor, vivo o Cruzeiro Esporte Clube. Descobri que você também.

Borges, essa vitória foi tua.