Um cruzeirense à frente do seu tempo


Hoje, a Nação Azul amanheceu desfalcada.

O homem que deu vida ao nosso hino, o compositor Jadir Ambrósio, faleceu, devido a problemas renais e cardíacos.

Um cruzeirense de nascimento, amante do bom futebol.

Foram 91 anos de vida, a grande parte deles acompanhando o Cruzeiro.

Não à toa que, em 1965, resolveu participar de um concurso que escolheria a música oficial do clube.

Na simplicidade das palavras, apenas em 8 frases, Jadir viu mais do que o passado celeste: ele enxergou o futuro.

Por mais que o Cruzeiro já havia se firmado no cenário mineiro, faltava um passo maior.

Este, por sinal, veio no ano seguinte, com a conquista da Taça Brasil, em cima de um dos melhores times do mundo na época.

Com certeza, aquele time que o deixava envaidecido por ser grande, o deixou ainda mais quando se tornou gigante.

Este time morou em seu coração até o seu último dia de vida, e o fez bater mais forte, a cada taça, a cada conquista.

As páginas se tornaram ainda mais heroicas e imortais, e foram além dos gramados de Minas Gerais.

O Cruzeiro se tornou, de fato, mais querido; de terceira torcida do Estado, na década em que o hino foi escrito, a maior de Minas, indiscutivelmente.

Tentaram nos combater, tentaram nos derrubar, mas o gigante Cruzeiro nunca sucumbiu; seu torcedor sempre foi a extensão do que fazia o Brasil inteiro se encantar nos gramados, abraçando o time nos momentos de aperto.

De fato, Jadir Ambrósio é um compositor muito à frente do seu tempo.

Pode não estar mais fisicamente presente, mas sempre será levado com carinho na alma e no coração de cada cruzeirense.

Sua vida e obra jamais serão esquecidas.

Como ele mesmo sempre disse, o seu maior orgulho era ver o Mineirão lotado a cantar a sua maior composição.

Bom, Jadir, saiba que te orgulharemos sempre.

Obrigado!

Por: Pedro Henrique Paraiso