Simplifica aí, Mano!


Salve Nação!
 
O Cruzeiro deixou escapar pontos preciosos na partida contra o Coritiba. Em um jogo onde grande parte da torcida – e crônica esportiva – apostava no triunfo celeste, não soubemos aproveitar as chances criadas e fomos castigados pela bola parada do time paranaense. Além da perda de dois pontos, o Maior de Minas também ficou sem o capitão Fábio, que rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito e se afastará dos gramados por, no mínimo, oito meses.
 
O cenário que já não era nada favorável começa a ganhar tons de drama, afinal, a missão de substituir Fábio ficará a cargo do jovem Lucas França ou dos pouco experientes Elisson e Rafael. Problemas à parte, vamos pensar um pouco em possíveis soluções – em minha visão – dos problemas apresentados pela equipe no domingo. Mano Menezes escalou o Cruzeiro de forma bastante ofensiva. Ariel Cabral deixou a equipe lesionado e em seu lugar o gaúcho mandou a campo Rafinha, enquanto todos esperavam a entrada de Lucas Romero.
 
O meio campo que contava apenas com Henrique na marcação se mostrou extremamente aberto e jogando muito distante dos jogadores de frente. Em uma entrevista momentos antes do jogo para o “PFC”, o treinador afirmou que Robinho seria o homem a ajudar Henrique na marcação, enquanto Rafinha teria mais liberdade. Certamente, a formação foi treinada durante a semana o que deu convicção à Mano de sua escolha, entretanto, na prática, o time parece não ter assimilado o proposto pelo treinador. Robinho e Rafinha aparentavam estar em colapso total durante o jogo. Não sabiam quando e onde marcar e tampouco a hora de ir ao ataque e, além disso, o meio campo perdeu em marcação, criação e compactação. Robinho, que tem um passe apurado, passou boa parte do jogo abusando de chutões e jogando muito distante da linha de frente.
 
No atual cenário, onde a recuperação deve (e precisa) acontecer rapidamente, peço que Mano simplifique e volte a atuar com dois volantes, formação na qual o time rendeu mais até aqui. É normal que Mano tenha ainda uma restrição em relação à Lucas Romero. Teve apenas dois dias de trabalho com o jogador além de nunca ter trabalhado com o argentino, mas que esta semana sirva para que o treinador conheça o jogador, afinal, Romero é hoje o volante mais completo do Cruzeiro, em minha opinião. Apesar de alguns lances de truculência, o Hermano marca muito bem e tem facilidade em sair jogando.
 
A fase não exige futebol bonito, exige simplicidade, superação e vitórias. Domingo, contra o Figueirense, a vitória precisa acontecer para “recuperarmos” os dois pontos que foram perdidos em casa contra o Coritiba.