Sem piedade (Botafogo 2 x 5 Cruzeiro – Copa do Brasil 8ª de final)


Salve guerreiros!

Sempre é bom manter a humildade e os pés no chão, mas o resultado de ontem praticamente garante o avanço da Raposa à próxima fase da Copa do Brasil. Uma diferença de quatro gols pró Botafogo no jogo da volta me parece muito improvável. Uma hecatombe, um desastre, um aborto da natureza, e para não cair no erro do projetista do Titanic, o próprio Deus podem tirar essa classificação do Cruzeiro. Como disse aqui no último pós-jogo, a Raposa tem cara de time copeiro, algo que não acontece há alguns anos, e o título da Copa do Brasil não é uma impossibilidade. O time de Ramon Ábila evolui em técnica, táticamente e preparo físico. Vai crescendo no decorrer das competições e o cruzeirense já pode sonhar com um fim de ano mais feliz.

O jogo

O Cruzeiro começa a partida desta quinta dominando os 8′ iniciais com direito a chance clara perdida por Ábila. A partir daí o time da casa equilibra o jogo chegado ao seu gol com Sassa escorando de cabeça cruzamento vindo da esquerda do ataque alvinegro, isto é, setor defensivo de Lucas, o lateral direito que vai se mostrando o “calcanhar de aquiles” do time de Mano Menezes. A Raposa chega à igualdade em penalidade cobrada por Ramon “Monstro” Ábila sofrida pelo capitão Henrique. O 1 x 1 da primeira etapa mostra o equilíbrio no primeiro tempo que ressaltamos acima.

Logo no início da segunda etapa Ábila perde oportunidade de virar o marcador ao tentar um cavadinha para encobrir Sidão, que fechou bem o ângulo e não caiu na graça do artilheiro argentino. Logo depois o atacante Sassa do Botafogo teve gol (mal) anulado que daria vantagem ao time carioca. O Cruzeiro chega à virada com Robinho de carrinho contando ainda com o desvio em Emerson Santos, mas a arbitragem assinalou gol do meia celeste.

A partir daí o time alvinegro vira todo pressão e a Raposa copeira faz aquilo que tem de melhor: contra-ataques. Neles o time belo-horizontino foi construindo a goleada com mais três gols, o segundo do “Cavalo” Ábila, outro de Robinho e Henrique fecha o placar aos 46′ do segundo tempo. O Cruzeiro Esporte Clube, maior clube de Minas Gerais mostra sua força, demonstra porque é o maior campeão do torneio e que não está aqui a passeio. O Penta vai se tornando plausível, palpável, real.

Guerreiro de Ouro eleito pelos amigos do twitter fica com Ramon Ábila. Eu votaria no Henrique por seu jogo irretocável. Sofreu o pênalti, desarmou demais e fechou com gol, mas a galera votou e eu acatei. Guerreiro de lata dessa vez vai para Lucas que vai permitindo que a maioria dos gols sofridos pela Raposa sejam por seu setor.

FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO 2 X 5 CRUZEIRO

Local: Arena Botafogo, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 1º de setembro de 2016, quinta-feira
Horário: 20 horas (de Brasília)
Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (SP)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse e Herman Brumel Vani (ambos de SP)
Público: 4451 pagantes
Cartões Amarelos: Emerson Santos (Botafogo); Ábila (Cruzeiro)
Gols:
BOTAFOGO: Sassá, aos 37 minutos do primeiro tempo. Neilton, aos 14 minutos do segundo tempo
CRUZEIRO: Ábila, aos 45 minutos do primeiro tempo e 18 do segundo; Emerson Santos, contra, aos 13 minutos, Robinho, aos 21 minutos e Henrique, aos 46 minutos do segundo tempo.

BOTAFOGO: Sidão; Luis Ricardo, Renan Fonseca, Emerson Santos e Diogo Barbosa; Aírton(Canales), Bruno Silva(Leandrinho), Rodrigo Lindoso e Camilo; Neilton(Rodrigo Pimpão) e Sassá. Técnico: Jair Ventura

CRUZEIRO: Rafael; Lucas, Bruno Rodrigo, Manoel e Edimar; Henrique, Ariel Cabral(Lucas Romero), Robinho e Arrascaeta; Rafael Sóbis(Rafinha)e Ramon Ábila(William). Técnico: Mano Menezes.

Agora voltamos a atenção para o Brasileiro onde a situação ainda exige atenção. O compromisso próximo será contra o América – MG, e o Cruzeiro não pode cogitar a possibilidade de perder pontos para o lanterna da competição. Até lá, China Azul. Guerreiro dos Gramados. Nossa torcida, nossa força!

Por: Álvaro Jr