“Samba de uma nota só” (Cruzeiro 1 x 0 Atlético Pr – Campeonato Brasileiro 32ª rodada)


Salve, guerreiros!

Que jogo sem graça! Chato, sonolento, sem emoção, sem sabor, insosso, etc… Esse é o time do Manobol. “Ain! Mas ganhou, isso é o que importa.” Não concordo em hipótese alguma. Não é nossa escola de apresentar futebol. Quem está satisfeito, tem uma mentalidade muito tacanha sobre o esporte bretão. Está certo que o time foi campeão da Copa do Brasil, cumpre tabela no brasileiro. Isso é o que me incomoda, deveria estar preparando-se para 2018. É hora justamente do Mano Menezes “inventar”. Procurar formas de fazer o time jogar melhor, mais eficiente, ainda assim buscando as vitórias. Sinceramente, amigos leitores, penso que o elenco celeste tem potencial para apresentar muito mais que aquele futebol burocrático baseado na cultura de resultado tipo 1 a 0 está bom. Volto a reclamar, serão mais dois anos assim (suspiro).

O jogo

O Cruzeiro começa bem a partida, marcando em cima, no campo paranaense, mas, aos poucos vai cedendo espaços. Quando assustamos, a Raposa está abusando dos contra-ataques mesmo sem estar vencendo. Assim segue a tônica da partida até o seu final.

Primeiro tempo

Parecia que seria diferente. Um Cruzeiro com marcação mais alta, jogando mais perto do gol adversário. Porém, a falta de uma referência na frente, obriga Mano a colocar Thiago Neves como um falso nove, o que até poderia funcionar pela qualidade nas finalizações do meia. Entretanto, não foi o que se viu, pois o cacoete do atleta o levava automaticamente para longe do gol. Quando o Atlético equilibrou a partida, oferecendo algum perigo à meta de Fábio, Robinho faz um lançamento preciso encontrando De Arrascaeta na meia esquerda. O Uruguaio invade a área, dá um corte seco no zagueiro e bate com efeito tirando a bola de Weverton. Um belo gol, e foi a única coisa que salvou a partida.

Segundo tempo

A Raposa, bem ao estilo de Mano, joga então para explorar os contra-ataques praticamente durante todo o segundo tempo. Até cria 4 ou 5 oportunidades, mas, desperdiça uma a uma. A sorte do Cruzeiro é que o time paranaense não tem muita qualidade em seus homens de frente. Um novo empate em casa seria muito frustrante, mas, não me causaria surpresa alguma caso ocorresse. Esse futebol por placares mínimos me incomoda demais, como já explicitei acima.

O Cruzeiro poderia e deveria estar brigando la em cima, já que os líderes estão em um baita “deixa-que-eu-deixo” na briga pelo caneco. Já que a intenção é apenas cumprir a tabela e não brigar pelo título, volto a frisar, hora perfeita para o “treineiro” buscar novas formas de fazer o Cruzeiro atuar. Além de ser útil para o ano que vem, Mano acrescentaria mais versatilidade ao repertório de apresentações de seus times, pois já está bem claro que ele prefere esse “samba de uma nota só”

Guerreiro de ouro vai para De Arrascaeta pela pintura feita ontem no Mineirão. Guerreiro de lata fica com Murilo que errou lances bobos, entregou bolas, até recuo para o Fábio colocando-o na fogueira ele errou. Se liga, garoto! Você é muito bom zagueiro, mas, precisa evoluir mais. Noto um certo comodismo da sua parte pela titularidade.

CRUZEIRO 1 X 0 ATLÉTICO-PR
Motivo: 32ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data: 05/11/2017 (domingo)
Local: Mineirão, em Belo Horizonte-MG
Renda: R$ 144.047,00
Público Presente:  10.845
Público pagante: 8.157
Gols:  De Arrascaeta aos 40 minutos do 1º tempo.
Árbitro:  Marcelo Aparecido de Souza
Cruzeiro: Fábio; Ezequiel, Manoel, Murilo e Diogo Barbosa; Henrique, Lucas Silva, Rafinha (Rafael Marques) e Thiago Neves (Alisson); Robinho e De Arrascaeta (Jonata).
Técnico: Mano Menezes
Atlético-PR: Weverton, Jonathan, Wanderson, Paulo Andrée Fabrício, Pavez (Ederson), Lucho González (Mateus Rosseto) e Guilherme, Lucas Fernandes (Pablo), Ribamare Sidcley
Técnico: Fabiano Soares
Cartões amarelos:  Rafinha (Cruzeiro); Sidcley, Pavez (Atlético-PR)

Votaremos a campo na próxima quarta contra o vice da Copa do Brasil. Será um tira-teima bem divertido. Até lá, China Azul.

Guerreiro dos Gramados. Nossa torcida, nossa força!

Por: Álvaro Jr