Sabíamos que seria difícil, mas não tanto!


Salve, Nação!

Em dezembro, quando Mano Menezes deixou à Toca da Raposa atraído pelas altas cifras dos chineses, milhões de interrogações surgiram sobre qual seria o futuro do Cruzeiro. O nome de Deivid, até então auxiliar técnico do clube, sempre apareceu pautado na continuidade do bom trabalho desenvolvido por Mano nos 3 meses em que esteve na Toca da Raposa.

A efetivação aconteceu e, com ela, os discursos intensos e repetitivos da diretoria pedindo paciência e apoio ao novo treinador que, encararia no Cruzeiro, seu primeiro desafio como técnico de futebol. Eu, assim como grande parte da torcida, apoiei a efetivação de Deivid, justamente por confiar na continuidade do trabalho, mas, ciente de que seria um período difícil pela inexperiência do ex-atacante. Mas, eu juro, não imaginava tanta dificuldade!

Deivid em entrevistas aparentava e aparenta ter sido um bom aluno nos cursos que fez para ser técnico de futebol. Cheio de boas ideias e didáticas, mas na prática, tem sido diferente e, à cada partida, o treinador se mostra totalmente perdido dentro de suas próprias convicções de trabalho. A temporada começou e, precipitadamente, Deivid decidiu recomeçar do zero. Tudo feito por Mano foi posto de lado pelo novo treinador. O esquema de jogo que ele desejava implantar, um 4-2-3-1, nem ele mesmo aparentava conhecer. A tentativa de recuperar o esquema usado por Mano Menezes em 2015 também foi em vão.

Apesar de partidas razoáveis como o jogo contra o Fluminense e o primeiro tempo do jogo contra o América-MG, o Cruzeiro de Deivid ainda não é nem um pouco empolgante e, aparentemente, mal treinado. A evolução que Deivid tanto prega, eu ainda não consigo enxergar. Pelo contrário, vejo o Cruzeiro estagnado com os mesmos erros. Falta de compactação, lentidão, falta de criação, marcação frouxa, poucos gols, passes e chutões sem objetividade…

O pouco tempo de trabalho não nos permite tratar como terra arrasada e pedir a cabeça de treinador, mas nos permite cobrar de Deivid e da diretoria que ainda precisa reforçar o elenco que apresenta fragilidades nas laterais e no ataque.

Hoje, vejo um futuro nebuloso no Cruzeiro. Deivid não me dá motivos para acreditar que ele possa fazer mais do que tem feito. Talvez um começo, seria assumir também, os seus erros durante as partidas nas entrevistas coletivas e não só apontar para os jogadores, arbitragem e falar do desempenho dos outros clubes. Afinal, essa prática é bem conhecida por um ex-treinador que passou por aqui e não deixou saudades em nossa torcida.

Por: Simon Henrique