Roberto Batata: O saudoso ponta e seu trágico fim


São poucos atletas que viraram uma espécie de mártir entre os fãs de uma agremiação esportiva, entre esses raros seres está Roberto Batata , natural de Belo Horizonte e que entrou na memória de todo torcedor cruzeirense pela sua maneira rápida de jogar, mas também ficou marcado por uma tragédia que veio a por fim em sua promissora carreira. 

Nome: Roberto Monteiro
Gols pelo Cruzeiro: 125 gols em 286 jogos
Nascimento: 24/07/1949, em Belo Horizonte
Morte: 13/05/1976
Posição: Atacante (ponta direita)
Quando jogou pelo Cruzeiro: Entre 1971 e 1976
Títulos pelo clube: Campeonato Mineiro de 1972/1973/1974 e 1975, além da Copa Libertadores de 1976
Outros clubes pelos quais atuou: Time amador do Banco Real e Atlético de Três Corações

O atacante começou jogando em um time amador do Banco Real mas logo foi parar no Cruzeiro onde foi apelidado pelo então técnico da época, o treinador João Crispim, de Batata graças a sua maior paixão: batatas fritas!

O craque foi tetracampeão mineiro, entre os anos de 1972 e 1975 e fez parte daquele histórico time que ganhou a Libertadores em 1976, jogando ao lado de Nelinho, Piazza, Raul e Palhinha. Mas infelizmente o atacante não pode sentir o gosto de levantar a taça graças a uma fatalidade ocorrida dois dias após um jogo contra o Alianza Lima, do Peru.

Roberto veio em 1971, após a saída de Natal para o Corinthians e logo que chegou mostrou à china azul que podia substituir o Diabo Loiro a altura. Era costume ele ser reconhecido o melhor jogador em campo até mesmo pelos adversários, como ocorreu em seu último jogo. O Cruzeiro venceu o Alianza, fora de casa por 4 a 0, um desses gols marcados por Batata. Dois dias depois o jogador faleceu no quilômetro 182 da rodovia Fernão Dias, quando viajava para visitar sua esposa, Denise, e seu filho, então com apenas 11 meses de idade, Leonardo, o destino final seria a cidade de Três Corações. Seu corpo foi velado na sede do clube e teve a participação de vários torcedores que lhe prestaram as últimas homenagens. A Federação Mineira decretou luto oficial e suspendeu duas rodadas do campeonato estadual.

Na semana seguinte a tragédia, no dia 20 de maio, o Cruzeiro recebia o Alianza Lima no Mineirão. A camisa 7, usada por Roberto Batata, foi posta ao lado do gramado. Até a banda da Polícia Militar homenageou o jogador. Em campo o ponta recebeu a melhor homenagem possível, o time da casa goleou os visitantes por 7 a 1, em um dos melhores jogos da Raposa na competição. Na partida final contra o River Plate, após a conquista do título, os jogadores ainda fizeram uma roda no centro do campo para fazer uma última salvação ao grande Batata.

 

O atacante ainda havia jogado o que é considerado por muitos o melhor jogo da história do Gigante da Pampulha: Cruzeiro 5 X 4 Internacional, na primeira fase da competição. Pela Seleção Brasileira jogou seis partidas, contra Argentina, Peru e Venezuela e anotou 3 gols, todos pela Copa América de 1975.

 

 

 

 

Em pé vemos Darci, Paulo Roberto, Piazza, Moraes, Raul e Vanderlei.
Agachados estão Roberto Batata, Eduardo, Dirceu Lopes, Palhinha e Moacir.