20 out Que venha 2013…

Nação celeste, infelizmente, não poderemos contar com o nosso eterno talento azul, no próximo ano. Alex não vem e já declarou todo o seu amor pelo Coritiba. Meus caros leitores, a razão da escolha é simples: na casa do jogador a última palavra é da mulher do atleta. A equação é muito fácil e não precisamos de nenhuma tese de doutorado para desvendar esse mistério.

Longe de mim desmoralizar toda a história do Coxa e os sentimentos de Alex pelo clube. No entanto, quem escreveu o último capítulo dessa novela foi a filha do cartola Edson Mauad – provável candidato à presidência do time, em 2013, e usará a imagem de genro na campanha. Discordo de alguns torcedores que utilizaram nomenclaturas como “traíra” e mercenário para o comportamento de Alex. Em nenhum momento, ele foi contra os interesses celestes. Ao contrário, mostrou carinho pelo time azul e falou da emoção pela linda manifestação dos torcedores – diga-se de passagem, GRANDIOSA MANIFESTAÇÃO. Mas fez a opção que atendia aos interesses da sua família (leia-se, do sogro e da sua mulher).

É claro que estou decepcionada. Porém, acho incoerente querer carregar o jogador no colo há algumas semanas e na outra, simplesmente, entrar numa rede social e “cornetar” o profissional. Temos que valorizar os nossos ídolos atuais e respeitar aqueles que fizeram história com a camisa do Cruzeiro. Como já diziam os sábios: “Dê a César o que é de César”. Sim, Montillo retomou a alegria de jogar, MESSInuccio mostrou que seu nome será entoado no Gigante da Pampulha e Fábio, mesmo com algumas contestações, é um grande goleiro. Assim como vocês, quero mudanças. Precisamos de um atacante que saiba o que fazer com aquelas bolas maravilhosas lançadas pelo argentino do cavalo imaginário, de um técnico que jogue para frente e de jogadores que saibam a responsabilidade das cinco estrelas que eles carregam no peito.

Estamos naquela posição sem graça. Não lutamos a favor de nada. Não iremos conhecer a tão temida série B e nem alcançar vaga para a Libertadores. Não me condenem, sou realista. No entanto, clamo que este finalzinho de campeonato sirva para “separar homem de menino”. Diretores e bom advogado e péssimo orador, Gilvan Tavares, a hora é de observar e preparar aquela lista de dispensa. Espero que o ano de 2013 me dê, pelo menos, 1/3 das alegrias que senti há quase 10 anos atrás naquele ano mágico que não sai da minha memória.