Protagonistas e coadjuvantes (Cruzeiro 1 x 1 Atlético MG – Campeonato Brasileiro 2015)


Salve guerreiros! Hoje um pós-jogo um pouco diferente: Domingo interessante no Mineirão, cheio de personagens de um enredo em que apenas o decorrer da história revelaria quem seria o protagonista daquela tarde, e duvido que algum de vocês poderá apontá-lo até o final desta crônica. (Não vale espiar o final)

O Cruzeiro começa com ímpeto a partida buscando logo de cara assustar o rival. Com boas trocas de passe, algo que não andava tendo muito sucesso por aqui, a Raposa foi envolvendo o Atlético e foram 7 minutos de intenso futebol em que o time alvinegro não viu a cor da bola.

Mas o Atlético logo tenta roubar o protagonismo celeste ao acertar a marcação, entretanto, a Raposa não estava ali pra ser coadjuvante. Com marcação encaixada e serrada não permitia ao Atletico sequer uma finalização.

Mas Pratto resolveu aparecer na história e entra como um raio no meio da defesa celeste para finalizar por cima na única chance clara do rival, pouco para postular o papel principal.

Leonardo Silva então também tenta a proeza, mas com a mão não vale, Léo, entretanto, sua participação durou o mínimo porque ao não marcar a penalidade, Leandro Pedro Vuadem lhe rouba os holofotes.

Willian resolve dar o tom marcando no final da primeira etapa o gol que o tornaria o astro da tarde. Mas o rival insiste em roubar a cena montando uma blitz durante toda segunda etapa. Mena então resolve aparecer, mas de forma negativa, mais como vilão do que como protagonista.

Alisson e Willian novamente brigam pelo papel nobre da tarde quando em contra-ataque rápido definem a jogada na mão de Vitor, aliás, além dessa defesa, o goleiro ainda defende pênalti sofrido e cobrado pelo bigode. Tudo se encaminhando para que Vitor seja o herói, entretanto, os protagonistas da tarde não estavam em campo.

Estavam nas arquibancadas! Isso mesmo, amigos leitores, o show que a China Azul proporcionou naquela tarde de domingo, foi algo nunca visto na história do Mineirão! Os gritos de: “Zeeeeeiro! Zeeeeeiro!” foram tão desconcertantes, que até cobrança de lateral Marcos Rocha errou. Fizeram também os 10 Guerreiros em campo, mesmo com um dia a menos de descanso e com um jogador a menos durante quase todo segundo tempo, lutarem em igualdade de condições com o rival.

A torcida celeste tornou todos os outros personagens, meros coadjuvantes nessa narrativa.

Guerreiro dos Gramados. Literalmente, NOSSA TORCIDA! Nossa força!

Por: Alvaro Jr