Professor Pardal ataca novamente


E o pior: contra uma equipe argentina, pela libertadores e fora de casa! Quando vi a escalação para o jogo contra o Estudiantes mal pude acreditar: Gerson Magrão, que é meia e vinha jogando na lateral-esquerda, estava no ataque ; Jonatan, que é lateral direito, mas já foi volante, na lateral esquerda. Após o jogo, Adilson defendeu o esquema: “O Magrão não é um exímio marcador, e mesmo torto, vou lembrá-los, o Jonathan jogou em Porto Alegre, trabalhou com o Internacional assim, era o Dorival e jogou bem.” e culpou a sonolência da equipe para o mal resultado: “em função da viagem, do pouco tempo de aquecimento, a equipe entrou um pouco sonolenta, desatenta, nós acabamos dando alguns gols”.

Já que Adílson vinha usando o Mineiro de laboratório, porque não fez esses testes antes? Deixar para mudar tudo logo contra os argentinos me pareceu um pouco arriscado. Até imagino que ele tenha feito treinos com essa formação, mas como diz o chavão: Jogo é jogo, treino é treino e jogo na Argentina é guerra! Mudar tanto a equipe nessas condições me pareceu uma decisão errada, apesar dele ter defendido o esquema depois do jogo. Realmente tem dias em que tudo dá errado, e ontem foi um desses dias. Até mesmo nosso coringa, Marquinhos Paraná, teve uma atuação muito ruim, inclusive sendo responsável por um dos gols e alguns contra-ataques. Fabrício é outro que volta e meia costuma entregar e ele pra mim nunca teve essa moral toda.

Enfim, perdemos a vantagem no Mineiro, em nome deste jogo, e agora perdemos este jogo e nossa invencibilidade na temporada. Por um lado isso pode ser bom para que estes jogadores mantenham os pés no chão e não se supervalorizem. Na sequência de três empates que tivemos pelo Mineiro, muitos preferiram enaltecer o fato de estar invictos ao invés de entender que três empates equivalem a duas derrotas. Creio que a equipe continua demonstrando um certo descontrole emocional, principalmente se pressionada. A tão falada experiência não tem se refletido em atuações seguras na Libertadores e principalmente fora de casa. Adilson, sabemos, é um grande estudioso dos adversários. Mas muda sempre a equipe quando atua fora de casa. Ora assim nunca vamos nos impor como fazemos no Mineirão.

Uma coisa é certa: não é assim que se joga uma Libertadores. É inadmissível que se tome gols por sonolência, ainda mais quatro, jogando na Argentina.