Pós-jogo: Cruzeiro 0 x 1 Coimbra (Para ficar ruim precisa melhorar muito)


A derrota do Cruzeiro para o Coimbra neste domingo (15) culminou nas demissões do técnico Adílson Batista e do diretor de futebol Ocimar Bolicenho. No entanto, vale ressaltar que Adílson só não foi demitido antes porque Pedro Lourenço; dono dos Supermercados BH e patrocinador master do Cruzeiro; interviu na decisão inicial do Conselho Gestor. Com isso, as partes negociaram o modelo de pagamento da multa de R$ 500 mil, existente no contrato do agora ex-treinador do clube mineiro.

Por outro lado, Ocimar não vinha fazendo um grande trabalho como diretor de futebol e deixava muito a desejar quanto ás suas escolhas para contratações. Juntamente com Adílson, ele planejou as contratações dos jogadores até o momento e nunca teve grande respaldo da torcida. Segundo informações do Deus Me Dibre, Bolicenho já havia colocado o cargo á disposição na quita-feira.

O jogo

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

O primeiro tempo da partida apresentou ao torcedor mais do mesmo que já estavam acostumados, Com uma equipe extremamente desorganizada em campo, sem padrão tático e com inúmeras deficiências técnicas; as únicas escapatórias do Cruzeiro na primeira etapa eram dar chutões em direção aos atacantes, o que pouco funcionou.

Já na segunda metade do jogo, o até então treinador Adílson Batista decidiu mexer, colocando logo de cara o jovem Jonatha Robert. A mudança deu mais amplitude ao clube celeste, porém, a criação ainda era falha e sem fundamento.

Ao colocar Marcelo Moreno e Judivan nos lugares de Thiago e Jean respectivamente, o time ganhou mais ofensividade e, consequentemente, teve mais a posse de bola em seu campo ofensivo. No entanto, a posse de bola não refletiu em chances reais de gol, e a Raposa que teve apenas duas finalizações com perigo, foi punida aos 40 minutos do etapa complementar.

Maré de azar e falta de profissionalismo

A atual situação do Cruzeiro passa por uma série de vertentes que todos já estão cansados de saber e não é de hoje. As péssimas gestões passadas contaram com uma imensa falta de profissionalismo e ética, o que afundaram o Cruzeiro e hoje; dentre inúmeros outros fatores, como a falta de um treinador e diretor de futebol capacitados, o Cruzeiro vive uma maré de azar que parece não ter fim.

No jogo de hoje, assim como no último do Campeonato Mineiro, contra o Atlético-MG; chutes de felicidades raras puniram a Raposa justamente no melhor momento da equipe na partida. Entretanto, obviamente isso não justifica os inúmeros erros cometidos pela comissão técnica, diretoria e jogadores no ano de 2020 (que não foram poucos).

Momento de reflexão e reinício da reconstrução

A pandemia de coronavírus que tem assustado o mundo inteiro já começou a refletir em todos os âmbitos do Brasil. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu suspender todas as competições de sua organização na tarde deste domingo por tempo indeterminado. Ou seja, a Copa do Brasil, Campeonatos Brasileiros Femininos A1 e A2, Campeonato Brasileiro Sub-17 e Copa do Brasil Sub-20 estão com suas práticas suspensas.

Além disso, as federações estaduais também já começaram a seguir o mesmo exemplo e cancelar seus respectivos campeonatos. A Federação Mineira de Futebol (FMF) foi uma das primeiras a se posicionar e adiar suas rodadas, também por tempo indeterminado.

Com isso, o Cruzeiro terá algumas semanas pela frente para tentar se reorganizar, refletir e recomeçar sua reconstrução. Nos próximos dias, um novo treinador e diretor de futebol serão definidos e assim que isso acontecer, é necessário que os jogadores entendam a metodologia adotada pelo novo comandante e que o diretor saiba contratar pontualmente.

Vale ressaltar que na última semana os nomes de Guto Ferreira, Ederson Moreira e Rogério Ceni circularam internamente na Raposa e há a possibilidade de que eles sejam contactados pelo Núcleo Gestor cruzeirense nas próximas horas. Já para o cargo de diretor de futebol, Paulo Pelaipe, ex-Flamengo, deve assumir a “bomba”.