Pôjeto humildade (Sport 0x0 Cruzeiro – Campeonato Brasileiro 16ª rodada)


Fala, China Azul! Durante a semana e minutos antes da partida se iniciar, o técnico Vanderlei Luxemburgo usou o discurso da humildade. O comandante do Cruzeiro reconheceu que o time deve brigar por uma vaga na Libertadores e não mais pelo título, e que a mudança no esquema tático, agora com três volantes, evidencia certa limitação ofensiva (falta o meia que o Marcelo Oliveira pediu lá no início do ano).

O sofrimento continua, amigos. Cruzeiro e Sport não conseguiram sair do 0 x 0 na Arena Pernambuco, em uma partida marcada pela vontade dos jogadores cruzeirenses e pelos pouquíssimos lances de perigo de gol.

O jogo

Os 20 primeiros minutos de jogo foram bastante equilibrados, com maior posse de bola para o Cruzeiro. O principal lance de perigo no início da etapa inicial aconteceu aos 7 minutos quando o lateral-direito Mayke cruzou para a área e o volante Henrique conseguiu cabecear. A bola saiu pela linha de fundo. Depois disso, aos 21, o meia Alisson fez uma boa jogada individual pela esquerda e arriscou de fora da área, mas o goleiro Danilo fez a defesa.

Após os 20 minutos do primeiro tempo o Sport começou a ter maior controle da posse de bola, e, aos 24 minutos, o meia Régis cruzou a bola para o meio da aréa cruzeirense. Lá estava Marlone, que cabeceou a bola, obrigando o goleiro Fábio a fazer uma grande defesa. Talvez esse tenha sido o lance de maior perigo de toda a partida.

Se no primeiro tempo os dois times criaram pouquíssimas oportunidades de gol, o segundo tempo foi bem pior. O resultado da partida mostra bem o que os jogadores apresentaram em termos ofensivos: nada. A etapa complementar foi marcada por um perde-e-ganha no meio-campo e por quase nenhuma jogada ofensiva que levasse perigo aos goleiros Danilo e Fábio.

Vanderlei Luxemburgo e Eduardo Baptista bem que tentaram fazer alguma coisa: os dois utilizaram as três alterações. Marquinhos, De Arrascaeta e Leandro Damião entraram em campo pelo Cruzeiro e Hernane, Samuel e Neto entraram em campo pelo Sport. Nenhum deles conseguiu fazer algo diferente.

A raposa de ouro de hoje vai para o meia Alisson. Criou algumas oportunidades, tentou individualmente fazer alguma coisa e seu retorno ao time do Cruzeiro é a grande esperança para o restante da temporada. A raposa de lata fica para o lateral-direito Mayke que mais uma vez apresentou um futebol abaixo da média. Pouco ajudou no ataque, errou alguns passes e defensivamente não foi dos melhores. Para piorar, ele recebeu o terceiro cartão amarelo e está fora do jogo contra o Palmeiras.

FICHA TÉCNICA

SPORT 0 X 0 CRUZEIRO

Local: Estádio Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata (PE)

Data: 02 de agosto de 2015, domingo

Horário: 18h30min (de Brasília)

Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)

Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) e Fabrício Vilarinho da Silva (GO)

Público: 28.018

Renda: R$ 751.130,00

Cartão amarelo: Cruzeiro – Mayke (fora do próximo jogo), Charles (fora do próximo jogo); Sport – Renê.

SPORT: Danilo Fernandes; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Renê; Rithely, Wendel (Samuel), Diego Souza (Neto), Régis (Hernane) e Marlone; André.

Técnico: Eduardo Baptista

CRUZEIRO:  Fábio; Mayke, Manoel, Paulo André e Mena; Willians, Henrique e Charles; Alisson (Marquinhos), Marinho (De Arrascaeta) e Vinícius Araújo (Leandro Damião).

Técnico: Vanderlei Luxemburgo

Ao final da partida o meia-atacante Marquinhos disse que não adianta ficar falando, pois eles já falaram demais. Segundo o jogador, o Cruzeiro precisa falar menos e jogar mais. Marquinhos considerou que o empate no jogo de hoje foi um bom resultado, uma vez que o Sport tem feito uma boa campanha no Brasileiro. Já o técnico Vanderlei Luxemburgo disse que gostou do novo esquema tático com três volantes e que talvez tenha encontrado a melhor formação para o Cruzeiro.

O pôjeto humildade é um discurso bonito. O reconhecimento das deficiências técnicas do time cruzeirense e dos objetivos no campeonato são o primeiro passo para sair desse bom momento. Mas não pode ficar só no discurso, professor. É preciso treinar e trabalhar muito, pois foi através do trabalho que o Cruzeiro ganhou títulos e não dando folgas demasiadas para os jogadores. Toma jeito, Cruzeiro!

Guerreiro dos Gramados – Nossa torcida, nossa força!

Por: Pedro Henrique Campos