Pode criticar? (Cruzeiro 1 x 0 Chapecoense – Copa do Brasil)


Salve, guerreiros!

Há alguns anos, um ex-presidente da república iniciou um discurso, aliás, um projeto de encucar nos brasileiros uma ideia antagônica em todas as áreas: nós x eles, ricos x pobres, “pretos” x brancos, homens x mulheres, héteros x gays… e conseguiu! A divisão entre os brasileiros foi tamanha que as últimas eleições presidenciais foram decididas por uma diferença muito pequena de votos. Nesse ponto da sua leitura, o amigo leitor já deve estar se perguntando onde raios eu quero chegar com esse assunto. Logo após a analise da vitória de ontem todos entenderão.

O jogo

Vitória – ok

Golaço – ok

Time misto – ok

Futebol – X

Primeiro tempo

Raniel mostrou seu cartão de visita logo aos 2′ de partida ao acertar um petardo da intermediária sem defesa para o goleiro Elias. O Cruzeiro até marcou bem nessa etapa da partida, chegou a ter mais de 70% de posse de bola, mas não conseguiu converter essa posse, que tem sido até constante, em objetividade.

Segundo tempo

A etapa derradeira da partida foi de doer os olhos. Um time preguiçoso, andando em campo. Nem as alterações deram gás ao time para buscar o segundo gol. O resultado disso foi o time reserva da Chapecoense dando sufoco no Cruzeiro dentro do Mineirão. Quase todos os números foram favoráveis à Chape nesse tempo. Finalizaram mais, tiveram mais escanteios a favor, até fizeram mais faltas, revelando que time estava realmente disposto a vencer a partida.

A Raposa contou com a sorte em vários lances, poderia ter sofrido o empate, e até mesmo a virada. Vaias no fim da partida, propositalmente não ouvidas pelo zagueiro Dedé, que em entrevista ao FoxSports negou que a torcida tivesse vaiado. Vaiou sim, Mito! O segundo tempo foi sofrível.

Guerreiro de ouro para o menino Raniel, responsável pela única coisa agradável na partida de ontem: O golaço! Guerreiro de lata, vai para Mano Menezes, que vem recebendo um enxurrada de críticas por não dar ao Cruzeiro alternativas de jogo. Já falamos isso aqui na coluna passada, vai precisar surpreender o Roger Machado domingo se quiser ganhar o Campeonato Mineiro.

Pode criticar? Pode, obvio. Pode vaiar ao fim das partidas? Não só pode, como deve! Esse é o problema da dicotomia encucada que eu citei na introdução: a torcida celeste se divide. Há os que acreditam que Mano é um semideus, pelo fato do time não perder, ele está acima do bem e do mal. Não está. Se você não quer criticar, não critique, mas não tente impedir que as poucas vozes sensatas que veem um Cruzeiro muito aquém do que deveria apresentar a essa altura da temporada o façam.

CRUZEIRO 1 X 0 CHAPECOENSE

Local: Estádio Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Data: 03 de maio de 2017, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (SP)
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho (SP) e Tatiane Sacilotti dos Santos Camargo (SP)
Cartões Amarelos: Dedé (Cruzeiro); Fabrício Bruno, Andrei Girotto, Wellington Paulista (Chapecoense)
Gol: CRUZEIRO: Raniel, aos 2 minutos do primeiro tempo

CRUZEIRO: Rafael; Lennon, Dedé, Caicedo e Diogo Barbosa; Henrique, Lucas Silva (Hudson), Thiago Neves (Rafinha) e Alisson; Arrascaeta e Raniel. Técnico: Mano Menezes

CHAPECOENSE: Elias, Apodi, Victor Ramos, Fabrício Bruno, Diego Renan, Andrei Girotto, Nathan, Nenén, Niltinho, Osman, Túlio de Melo (Wellington Paulista). Técnico:Vagner Mancini

O que muitos pediram durante a temporada, Mano fez ontem, rodou o time pensando na finalíssima contra o “Alt Mineiro” domingo. Até lá, China Azul!

Guerreiro dos Gramados. Nossa torcida, nossa força.

Por: Álvaro Jr