Para enterrar a lei do ex


O jogo deste domingo contra o Vitória é especial por diversos motivos. O mais óbvio é a disputa na tabela, com os dois times brigando ferrenhamente contra o rebaixamento e separados por apenas 3 pontos. O segundo é a conhecida lei do ex. O time baiano conta com diversos atletas que tem o passado intimamente ligado ao Maior de Minas. E o terceiro remete ao dia 3 de julho de 2016. Quando este mesmo Vitória “talhou o sangue” de 50 mil cruzeirenses em um domingo de manhã.

Começando pelo fim: era um dia perfeito. Décima terceira rodada do Brasileirão, Cruzeiro jogando no Mineirão cheio, o sol batendo maravilhosamente nas arquibancadas do Gigante da Pampulha, que ganha uma beleza toda especial quando repleto de gente vestida de azul. Alisson fez 1 a 0, Arrascaeta dobrou a nossa vantagem. e ainda tínhamos um jogador a mais. Mas Marinho teve atuação absurda, atordoando Bryan. Parecia Messi contra Boateng, o que é absurdo de qualquer ponto que a gente queira comparar. No fim, Marinho sofreu um pênalti e criou a jogada para o outro gol. Um 2 a 2 amargo, inaceitável.

Pois bem, eu não esqueci. E agora é a nossa vez de causar estrago ao time baiano e vencê-los dentro de sua casa. Será vital para recuperar um mínimo de tranquilidade no Brasileirão, dinamitada após o tropeço em casa contra a Chapecoense. Alguns podem dizer: “Ah, encaramos o rubro-negro baiano duas vezes pela Copa do Brasil, vencendo por 2 a 1 tanto no Barradão, quanto no Mineirão”… Dane-se. Agora é a hora de machucar quem nos fez mal naquele dia. É a personificação do tão aclamado jogo de seis pontos.

Com todo o respeito que merece o atleta Marinho, ele é só o Marinho. As vezes tenho a impressão de que o Cruzeiro respeita demais, teme demais a lei do ex. É necessário se impor nas partidas e lembrar que se o cara não vingou aqui, foi por não ter jogado futebol para isso. Até porquê se pensarmos em lei do ex nesse confronto, estamos lascados. Diego Renan, Norberto (base), Willian Farias, Leandro Domingues, Kieza, Zé Love (base) e o próprio Marinho já trajaram a camisa celeste. Sem contabilizar Dagoberto e Robert, que deixaram o Leão da Barra durante a temporada.

Por fim, analisemos a tabela. Restam 7 jogos e (nas minhas contas) precisamos de 3 vitórias para garantir a manutenção na Série A sem sustos. Vitória e Sport são os adversários tecnicamente mais acessíveis. Portanto, evitemos a todo custo chegar na última rodada necessitando do triunfo contra o Corinthians. Afinal, 6 a 1 não acontece todo dia. Façamos logo nossa parte para ganhar o direito de concentrar forças na Copa do Brasil, a chance de salvar 2016 e tornar 2017 um ano memorável.

Por: Emerson Araujo

Foto: Minas Arena/Divulgação