Opções táticas contra as retrancas


Calma, Adílson Batista. Não estou “cornetando”. Para mim, você pode mexer o que quiser no time, afinal você é o treinador e responsável pela nossa boa fase desde 2008.  Mas você poderia estudar algumas “alternativas” com os jogadores que tem.

De repente a gente poderia jogar com 3 atacantes. Um time escalado com Fábio; Jonathan, Gustavo (Ânderson), Leonardo Silva e Sorín; Fabrício, Ramires e Wagner; Thiago Ribeiro, Wellington Paulista (Soares) e Kléber. Escalando três atacantes, dois jogariam mais abertos, voltando apenas para cercar os laterais adversários. O meio de campo tem que jogar compacto, um toca e o outro faz a jogada de passagem, ou lança um dos laterais que apóia, ao mesmo tempo que um dos atacantes encosta. O centroavante volta para disputar a bola pelo meio.

O Cruzeiro, mesmo com o elenco que tem, não possui um “centroavante de área”, o chamado “poste”, como Washington e Palermo, para citar dois nomes. Entretanto, o ataque é veloz e, numa situação de pressão, com bolas lançadas na área, Kléber e Wellington Paulista usam bem o corpo para criar espaços, Thiago Ribeiro já mostrou que sabe fazer gols, e o Soares, apesar de ter jogado mal contra o América, é uma opção de velocidade para puxar alguns contra ataques.

Repito: Adílson, respeito suas opiniões, mas de vez em quando é bom arriscar – ainda mais este ano, em que temos mais opções de jogadores que no ano passado. E os próximos adversários na Libertadores vão jogar igual Tupi e América, retrancados, com medo, para empatar mesmo. E a coisa vai ficar mais difícil se você colocar Gérson Magrão, Camilo, Wanderley, Wagner de ala, Ramires de meia, ou outra maluquice que nunca deu certo.