Obrigado, Mano, e tchau (Cruzeiro 1 x 1 Corinthians – Campeonato Brasileiro 26ª rodada)


Salve, guerreiros!

Os amigos leitores já devem estar se perguntando se o colunista está maluco, não está. Este que vos escreve está farto de tantos empates. Cansado de ver o Cruzeiro cede-los por falta de gana de vencer os jogos. Ok! Ganhamos a Copa do Brasil, temos uma Libertadores para disputar, e talvez, o “sistema Mano” de trabalhar futebol seja o ideal para a disputa de mata-mata, entretanto, cruzeirense que se preza, ainda quer ganhar jogando bem, para cima do adversário, mas, é apenas a opinião humilde deste rapaz que tece essas poucas palavras. Claro que se Mano ficar e vencer, vou comemorar, uma coisa não anula a outra. Tudo dependerá do que ocorrer ao longo do dia (2/10) com a eleição para a nova diretoria.

O jogo

O Cruzeiro começou muito bem a partida. Dominou o melhor time do campeonato com certa facilidade. Mas, acabou sofrendo pressão na segunda etapa e cedendo o empate em penalidade indiscutível. Em geral o nível da arbitragem até que foi bom, com a ressalva de alguns cartões, ou falta dele com interpretação dúbia, mas não houve nenhum erro clamoroso que interferisse no resultado da partida.

Primeiro tempo

A Raposa inicia bem o jogo dominando o Corinthians. Vai rondando a área de Cássio enquanto Fábio praticamente não teve trabalho. O gol vem em jogada pela esquerda em que Diogo Barbosa cruza uma bola na medida para o fora de medida Rafinha subir mais que Arana e fazer um gol que lembrou as cabeçadas de Bruno Rodrigo. A Raposa então abre mão de jogar, tenta e com sucesso, controla bem o primeiro tempo até o final.

Segundo tempo

O problema, em meu entendimento, é achar que vai controlar mais 45′ até o apito final. Tentou, mas tomou uma pressão grande do time paulista durante quase todo segundo tempo. O ditado já diz: “Água mole em pedra dura(…)” furou. Murilo é ótimo, mas, precisa aprender a guardar os braços nas disputas de bola na área. Entendo que saltar para disputar a redonda sem usar os braços é muito difícil, e até penso que Kazim deva ter feito de propósito, mas, a marcação foi correta.

Fábio não conseguiu a defesa e o empate foi um castigo justo para um time que abdicou de jogar. Dois pontos a menos para o Cruzeiro que entrou na rodada fazendo algumas contas, mas agora restam apenas 12 jogos. Aquele 1% de chance ao qual nos agarrávamos, passava por uma vitória neste domingo.

Guerreiro de Ouro: Vários atletas poderiam ficar com o “prêmio”, mas fazer um gol de cabeça com apenas 1,67m é um feito. Rafinha fica com o Guerreiro de Ouro de hoje não só pelo gol. Fez uma partida muito boa, tanto na frente quanto na recomposição. Guerreiro de Lata fica com Rafael Sobis. Não é nem de longe o atacante de outrora. Finalizou para a lua um passe açucarado de Rafinha que foi inacreditável, e tomou mais um cartão desnecessário.

Ainda acho que Mano precisa rever conceitos. Mantenho a opinião que tinha antes da conquista da Copa do Brasil. O Cruzeiro pode muito mais que o que está apresentando.

FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 1 x 1 CORINTHIANS

Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data: 1º de outubro de 2017, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Rodolpho Toski Marques (Fifa-PR)
Assistentes: Bruno Boschilia (Fifa-PR) e Victor Hugo Imazu dos Santos (PR)
Cartões amarelos: Léo, Rafael Sóbis e Arrascaeta (CRU); Balbuena, Fagner, Romero e Guilherme Arana (COR)
Gols: Rafinha (Cruzeiro), aos 19 minutos do 1º tempo; Clayson (Corinthians), aos 39 minutos do 2º tempo

CRUZEIRO: Fábio; Ezequiel, Léo, Murilo e Diogo Barbosa; Henrique, Lucas Romero, Rafinha, Thiago Neves (Lucas Silva) e Alisson (Élber); Rafael Sóbis (Arrascaeta)
Técnico: Mano Menezes

CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel (Clayson), Maycon (Camacho), Jadson (Marquinhos Gabriel), Rodriguinho e Romero; Kazim
Técnico: Fábio Carille

A Raposa volta a campo no próximo domingo contra a Ponte Preta que ainda enfrenta o Flamengo nesta segunda pelo fechamento da rodada 26. Até lá, China Azul.

Guerreiro dos Gramados. Nossa torcida, nossa força!

Por: Álvaro Jr