O Estudiantes jogou demais! E o Cruzeiro não soube jogar com o título na mão…


Salve nação celeste! Quando cheguei do Mineirão ontem fiquei com vontade de escrever minha coluna detonando o Cruzeiro. Achava que as vaias que boa parte dos torcedores lançaram ao final da partida eram merecidas e eu mesmo fui um dos que vaiei.  Os aplausou não eram merecidos naquela noite. 

Depois de dormir e colocar as ideias no lugar percebi que havia sido injusto com boa parte do time do Cruzeiro. Alguns jogadores celestes fizeram uma boa partida, mas o time azul não conseguiu ser um time, pois algumas peças estavam fora de lugar. Enquanto isso, o Estudiantes era homogêneo e sabia controlar a pressão cruzeirense, da mesma forma que havíamos feito com eles na Argentina.

Aí o gol do Henrique saiu. O gol da perda do título. O Estudiantes não jogava futebol suficiente para ameaçar o Cruzeiro, mas o gol acordou os argentino para o fato de que precisavam atacar para ser campeão. O Cruzeiro ainda mandou no jogo uns dois minutos depois de abrir o placar o que animou a torcida que chegou a pedir mais um. O time azul atendeu ao pedido e se lançou ao ataque. Inexperiência, confiança demais ou qualquer outra definição poderia sintetizar que esta não era a opção acertada. Não enfrentávamos um cachorro morto. E assim, atacando quando não precisava, o Cruzeiro permitiu o contra-ataque que empatou o jogo.

A partir daí o Cruzeiro se perdeu em campo enquanto os argentinos sentiam que podiam virar a partida. E, de fato, conseguiram. Depois da virada, o Cruzeiro ainda quase sofreu mais um gol até que a entrada de Thiago Ribeiro (não jogou bem, mas foi melhor que Wellington Paulista) fez com que o time azul chegasse perto do empate, mas as finalizações celeste não eram caprichadas. O Estudiantes, na base do chutão (recurso que o Cruzeiro usou enquanto empatava a partida, mas não soube usar quando vencia), aliviava a pressão e garantia o resultado.

O apito final pôs fim a 50ª Edição da Copa Libertadores. Em meio-século de disputa, o Cruzeiro conquistou dois títulos e, no Brasil, apenas o São Paulo com três tem números melhores. Agora é a reabilitação no Brasileirão e conseguir ao menos voltar a Libertadores no próximo ano. Será necessário reagir o mais rápido possível e algumas coisas terão que ser mudadas no Cruzeiro como alguns jogadores. Wellington Paulista e Jancarlos não dá mais. Um lateral-esquerdo que assuma a camisa 6 (no grupo tem jogadores com potencial, mas que não aproveitam a chance), um atacante para ser companheiro de Kléber (os do elenco são, no máximo, bons reservas, e um zagueiro para fazer dupla com Leonardo Silva (faltam peças para o setor e sem essa de compôr grupo) são as necessidades mais urgentes.

Parabéns ao Cruzeiro pela campanha na Libertadores . A refomulação é necessária, pois a acomodação não é própria de times grandes, mas o grupo é bom e conta com o apoio da torcida. No Brasileirão, podem estar certos, a imensa nação azul estará com o time novamente, empurrando com todas as forças o esquadrão celeste para o alto da tabela.