O Cruzeiro é mais que apenas contra-ataque, haja Fábio…


Comemorar um ponto contra o Fluminense que no último jogo dentro de casa havia levado quatro do Goiás, e ontem, jogaram sem quatro titulares, com um time de garotos e desentrosado, em um campo neutro é pensar pequeno demais para o Cruzeiro, não somos Paraná Clube nem o Figueirense.

Na verdade quando vi a escalação do adversário ontem, imaginei um jogo mais fácil do que o último contra o Santo André, devido às citações acima, mas para o meu espanto o que vi foi Fábio salvar o time três vezes até a metade do primeiro tempo, mesmo o Fluminense entrando com um esquema 3-6-1, muito obvio que teria a aproximação dos meias e liberdade dos alas. Eles fizeram a festa nas costas de nossos laterais mais uma vez, venho batendo nesta tecla, Paraná agora deslocado para terceiro homem no meio, já não tem a função de cobertura, coisa que ele desempenhava como poucos e não está rendendo na nova função, anda perdido ali.

Após o sufoco, o time começou a colocar a bola no chão, mantendo a posse de bola, como tinha que ser desde o início, e em jogadas de 1-2 pela direita estávamos levando perigo até que fizemos um gol para dar mais tranqüilidade, Henrique vinha mal, não dando proteção a zaga, armando contra-ataque para o Fluminense, mas fez seu gol.

Os cariocas sentiram o gol, nosso time passou a encontrar mais facilidades, Bernardo que mais uma vez foi mal escalado, jogando aberto tendo que marcar a subida do lateral, começava a entrar no jogo e a primeira fase terminou com o Cruzeiro bem em campo.

No segundo tempo, Adilson sacou Bernardo, deslocou Magrão (vinha errando muitos passes) para o meio e entrou com Diego Renan na esquerda, logo após veio o gol carioca numa jogada bisonha de nosso zagueiro (homem de confiança do treinador) e nosso time sentiu mais uma vez o gol. A expulsão logo a seguir foi apenas conseqüência disto, mesmo que discutível o lance, pois nosso zagueiro sofre falta antes. Mais uma vez, nosso time se portou melhor ofensivamente com um a menos do que com onze, parece que eles saem do esquema e jogam como kamikazes, como time grande, e o jogo ficou aberto, com os dois times perdendo chances em contra-ataques, porém ficou claro nas grandes chances criadas pelo Cruzeiro que se jogássemos pra cima desde o início, ganharíamos com tranqüilidade, como o Fluminense tem deficiências na defesa, só aproveitadas ao final e com um homem a menos.

Pontos fortes do time: Fábio para variar; T. Ribeiro está ganhando novamente aquela velocidade precisando calibrar a pontaria e Kleber continua sendo o mais lúcido do time.

Pontos fracos do time: T. Heleno está mal há tempos, não temos cobertura nas laterais como antes, está uma avenida; Bernardo é terceiro Homem no meio, está jogando errado; Fabinho continua de fora sendo o volante mais regular que temos hoje e Adilson continua pensando pequeno para um time e um clube do porte do Cruzeiro.

P.s.: Quando Adilson diz que com ele só joga quem está 100%, vale para T. Heleno, Athirson e mais alguns também, ou só para justificar a não escalação de outros?

Gener Valvão, 34 anos, morador de Contagem, trabalha na área da construção civil diretamente com contrutoras. Desportista nato, acompanho esportes pelo mundo todo (graças a ESPN e Sportv), cruzeirense enraizado na família toda azul, contarrâneo dos Perrelas por parte de pai (São Gonçalo do Pará) e contarrâneo do vice Gilvan de Pinho Tavares por parte de mãe (Sabinópolis). Como foi quase jogador profissional, gosta muito e tem o tino de analizar e observar o jogo taticamente e estrategicamente falando, esquemas, posicionamentos, etc…sendo principalmente muito exigente comos pseudo- jogadores hoje em dia.