O apogeu de Léo Zagueiro, um legítimo cruzeirense


Saudações, China Azul!

Empate fora de casa, sem três dos nossos titulares e um reserva imediato, tem que ser considerado um bom resultado. As circunstâncias da partida, como as chances de matar o jogo, e o gol sofrido já aos 43 da segunda etapa, fazem com que haja um resquício de gosto de derrota.

Essa introdução com o jogo de domingo passado faz-se necessária para citar alguém que, mais uma vez, fez uma partida consistente e vem sendo nosso melhor defensor nos últimos jogos – opinião do autor. Trata-se do camisa 3, Léo.

Todo jogador de alto nível tem que saber conviver com os extremos da carreira. Existe o momento de queda, de rendimento abaixo do esperado, como também existem os momentos de ápice. Em seus quatro anos de Cruzeiro, me arrisco a dizer que esta é, de longe, a melhor fase da carreira de Léo. E isso, sem dúvidas, merece ser destacado e elogiado.

Tem sido raro ver o camisa 3 perdendo alguma dividida, chegando atrasado em algum lance, falhando em momentos cruciais, não me recordo. A lesão de Bruno Rodrigo, que causou certa preocupação na torcida celeste, devido a grande fase em que ele também se encontrava, fez com que Léo reassumisse a condição de titular. E mesmo com a (pesada) concorrência de Manoel, continuou fazendo boas partidas e adquiriu a confiança de Marcelo Oliveira.

Alguns ainda desacreditavam, é verdade. Mas vieram, uma, duas, três, boas atuações em sequência. Vieram gols importantes. E nesse meio tempo, todo o descrédito se transformara em confiança. Não conheço um torcedor celeste que não assuma a boa fase. Alguns ainda reticentes quanto a estar na melhor fase entre os zagueiros do grupo. Porém, esta discursão fica apenas entre os torcedores; ele apenas quer continuar o bom trabalho.

Léo, duas vezes feliz. O melhor momento da carreira, e no seu clube de coração. Um legítimo torcedor representando toda uma nação dentro das quatro linhas. Suas características em campo o destacam: muita garra, muita luta, muita entrega. Na simplicidade do seu futebol, se torna um gigante.

A equipe toda está bem, de fato, mas temos de saber reconhecer alguns valores, principalmente aqueles que já foram um pouco mais contestados pela crítica. Como muitos apontam o dedo na primeira falha, aparecem poucos para ressaltar a importância de alguns que pouco aparecem.

Espero que Léo apareça cada vez menos na partida, pois significaria que a bola estaria mais presa ao ataque. Porém, se aparecer, que continue o trabalho bem executado.

A China Azul agradece.

Por: Pedro Henrique Paraiso