O adeus de Roger


A era Roger terminou no Cruzeiro. Para alguns, isso pode significar a perda de um jogador que, quando não estava com preguiça, realizou jogadas geniais. No entanto, o futebol não vive apenas de momentos espetaculares. Confesso que quando escutei a voz embarcada do atleta, ao agradecer o povo mineiro e a torcida celeste, senti uma mistura estranha de emoções. Recordei da estreia de Roger e do roubo da “cabeça” do Raposão, na comemoração do gol. Como esquecer a sequência de “cornetadas” gratuitas ao time do Melhor CT do Brasil? Mas paramos por aí.

O torcedor cruzeirense tem um antigo hábito de endeusar jogadores que não têm o direito de serem nomeados como ídolos. No caso de Roger, sabemos que ele foi líder de vários rachões internos e que o próprio Adílson Batista disse que não treinaria o Cruzeiro enquanto o jogador estivesse nas dependências da Toca. Algo, no mínimo, curioso. Claro que muitas das coisas que acontecem nos bastidores não chegam aos nossos ouvidos. No entanto, é notório que o aspirante a comentarista não tinha boas relações com todos do elenco.

Alexandre Matos vem mostrando a que veio. Ao contrário do seu “competente” antecessor, ele trouxe alguns nomes coerentes para o grupo estrelado. Continuo com aquela tradicional desconfiança em relação ao lateral D. Renan, e esperando um nome de peso para a posição. Montillo precisa de alguém para jogar ao seu lado. Souza é técnico e inteligente, mas, infelizmente não aguenta os 90 minutos. Espero que o nosso diretor de futebol não me decepcione e anuncie alguém que dará, no mínimo, suporte ao maestro argentino.

Para finalizar, gostaria de parabenizar nosso goleiro pelas declarações da última semana: “O treinador tem critérios. Acho que sou polêmico, brigo com todo mundo, não sou de grupo e fico pouco tempo nos clubes. Deve ser por isso que não sou convocado”. Fábio é o melhor goleiro do Brasil e ponto. Alguém consegue me explicar em qual lugar do mundo o frangueiro do Jefferson ou o idoso do Júlio César é superior ao goleiro cruzeirense? Essa reposta é simples: no encantado mundo de ilusões da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Por isso, ao contrário que parte da imprensa mineira (ou seria imprensa atleticana?) afirmou, não acredito que essas declarações fecharam as portas para o atleta. Na verdade, elas nunca foram abertas. #Fato