Nos deixem dormir em paz


Salve Nação!

Definitivamente, 2016 é um ano para o torcedor celeste deletar da memória. Três técnicos no comando, contratações equivocadas, falta de planejamento, eliminação precoce no Campeonato Estadual e na Primeira Liga, luta contra o rebaixamento no Brasileirão e, por fim, uma eliminação vexatória nas semifinais da Copa do Brasil.

A última frustração, inclusive, é a mais natural dentre todas citadas acima; afinal, um time que se dá ao luxo de repetir por dois anos consecutivos os mesmos erros, não pode nem passar perto de levantar uma taça tão expressiva como a Copa do Brasil, pelo contrário, se eu for dizer aqui o que o Cruzeiro vem merecendo, é capaz de nem passar pela edição.

Contudo, o que posso e devo dizer, é que não podemos mais suportar a maneira amadora que Gilvan de Pinho Tavares conduz o Cruzeiro desde 2012, quando chegou ao comando. Tirando os anos de 2013 e 2014, quando Alexandre Mattos, Marcelo Oliveira e todo o elenco fizeram história, o mandato deste senhor é uma afronta à história do Cruzeiro Esporte Clube. Além de ser um centralizador (para não dizer ditador), Gilvan não entende bulhufas de futebol, e se alguém tem dúvidas disto, basta analisar com atenção as contratações feitas por ele em 2012, 2015 e 2016, e como essas temporadas transcorreram.

Se durante toda a história, nós torcedores, vangloriamos de ser a maior força de Minas; sob a tutela de Gilvan, estamos perdendo o posto. Enquanto o rival se reestruturou e se mantém combativo desde 2012, o Cruzeiro parece só andar para trás, o que desmitifica alguns velhos ditados que permeiam o futebol e parte de nossa torcida. Camisa e torcida, por si só, sem seriedade, planejamento, responsabilidade e trabalho, não ganham jogo. Aliás, enquanto alguns torcedores se preocuparem apenas em viver do 6 x 1 nos telões do Mineirão e de dizer que o Cruzeiro é “incaível”, as coisas não vão mudar nem com a troca de gestão no ano que vem.

Hoje, o sentimento é de profunda tristeza. Não pela eliminação diante do Grêmio, mas por ver que o Cruzeiro, além de estar com um elenco cheio de “come e dorme”, corre um sério de risco de em 2017, reviver todo esse sofrimento de novo, com “time” sendo montado durante a temporada, com troca de técnicos… Afinal, o que interessa para Gilvan, é entregar o Cruzeiro com as contas no azul, nem que isso signifique equipes covardes e um descenso no Campeonato Nacional.

Em 2016, ainda temos que lutar para permanecer na série A e acredito que mais duas vitórias resolvam a situação. Portanto, peço aos jogadores e ao treinador, que também possuem parcela de culpa, empenho, vergonha na cara e respeito com a torcida e com a instituição Cruzeiro Esporte Clube nesta reta final de Campeonato Brasileiro

Por favor, permitam a nós, torcedores, um sono dos justos, sem que nada nos assombre, nem mesmo a famosa “Lei de Gabiru”, nem a possível saudade do Perrela.

Nos deixem dormir em paz!

Por: Simon Nascimento