Natal de Carvalho Boroni, o diabo loiro #RádioGDG


Salve, Salve Guerreiro dos Gramados, Dizer que é louco da cabeça pode parecer fora do normal, mas como ser normal em um mundo tão desigual? Ser louco não é ser melhor ou pior do que ninguém, ser louco e expressar um sentimento que vem de berço, contagiar e explodir uma cidade com as cores do Maior de Minas e eu como louco que sou venho com muito orgulho compartilhar com todos apaixonados pelo Cruzeiro Esporte Clube uma entrevista com o saudoso ídolo Natal de Carvalho Boroni, o famoso Diabo Loiro descendente de italiano, ídolo,  que construiu Páginas Heroicas Imortais com o Manto Azul Celeste.

Natal começou sua carreira futebolística, como um grande ídolo, deixando as raízes de lado e acreditando em um sonho, com raça determinação, empenho, deixando muitas vezes o amor da família e os amigos para conseguir um algo melhor. Natal filhos de pais dedicados, e rivais, pai Mario Boroni cruzeirense apaixonado de encher o caminhão de amantes pela nobre arte do futebol e a Dona Nadia atleticana doente. Natal teve grande influencia no futebol mineiro e brasileiro, jogou por sete anos profissionalmente no Cruzeiro fazendo sua estreia no profissional com 16 anos. Conhecido como Diabo Loiro por infernizar as defesas adversárias, apesar da pouca estatura e dos pés tamanho 37 conseguia com muita raça determinação, empenho e amor a Camisa Celeste ser genial dentro de campo. Natal por ter família humilde e influenciado pela mãe atleticana chegou a fazer testes no lado escuro da lagoa. Mas felizmente ao ser dispensado por preconceito daquela época acabou defendendo as cores do maior de minas, construindo assim uma carreira de sucesso e extrema dedicação ao clube celeste.

IMG-20150331-WA0022O Ídolo de uma geração, com apenas 21 anos conquistou o Brasil ao lado de um elenco fabuloso repleto de Jovens que sem muita badalação, construíram paginas heroicas Imortais. Venceram o tão famoso e temido Santos de Pelé, reconhecido já naquela época mundialmente. Natal fez um gol em cada jogo e contou historias marcantes sobre o certame e de como o time celeste foi menosprezado pela gestora do futebol brasileiro à época, a CBD e como os dirigentes paulistas já queriam marcar o terceiro jogo no intervalo pois o Santos já ganhava de 2×0. Todos sabemos do resultado, Cruzeiro 3×2 com direito a pênalti perdido e Natal fechando a tampa do caixão em cima do Santos de Pele, Pepe e Cia.

O Diabo Loiro também tem historias marcantes dentro do futebol mineiro, ao jogar inúmeros clássicos com a camisa celeste e não perder NENHUM, mas principalmente desequilibrar em jogos decisivos, jogos estes que marcaram a historia celeste, marcar a historia dos clássicos, construindo viradas marcantes e mostrar que cruzeirense além de fazer o Mineirão tremer, mostrar quem manda em Minas Gerais. Natal na final do Mineiro de 67 marcou 4 gols em dois jogos contra o time de Vespasiano e colocou eles no devido lugar dando fundamento, formando uma base, um alicerce a celebre frase: “…A Historia não mente e jamais vai mudar…”

Historias Heroicas, Imortais, construídas com suor, sangue, lagrimas e muito, muito, muito amor ao Cruzeiro, somos assim, nossa escola é de bom futebol, somos, um time humilde, time de Guerreiros, somos Cruzeiro, pelas historias, pelas conquistas, vitorias, sonhos, realizações, Somos Cruzeiro de construir cada vitoria a cada passo, subindo cada degrau com sabedoria e dedicação, sem humilhar ninguém, mas sempre sendo Cruzeiro. Somos um time que não existe derrota, pois apesar da derrota fazer parte do percurso ela não é nosso objetivo, nascemos para ser grandes e fizemos do Céu nosso limite;

Nos áureos tempos da década de 60, vestir a camisa canarinho era um orgulho para qualquer ser na face da terra, diferente dos tempos de hoje aonde os convocados são somente jogadores de empresários e de interesses das confederações. Assim Natal fez questão de destacar a Taça Rio Branco ao qual foi campeão em uma melhor de três com o time Uruguaio.

Natal Começou e construiu sua carreira no Cruzeiro, passando por Corinthians, Bahia, Vitoria, Londrina, America, Valério, Democrata e Caldense. Trabalhou também, como treinador e olheiro.

Obrigado Natal por Ajudar a Construir a historia do Maior de Minas, Honrar suas Cores, fazer do Cruzeiro uma parte do que somos, são estes sentimentos leais e soberanos que nos fazem passar de pai pra filho a herança que é a alegria de ser Cruzeiro. As vezes a realidade pode ser dura e sofrida, já a nossa realidade é ser Cruzeiro.

Por: Vander Araujo

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