Não precisamos falar sobre ninguém. Muito menos sobre Riascos…


É um porre absurdo ver algum texto intitulado “precisamos falar sobre fulano”. Uma vez tudo bem, mas a reincidência recorrente em um artifício tão pobre mostra, no mínimo, pouca criatividade. Agora falando sobre o personagem deste texto, Riascos é muito burro. E não vou entrar no mérito se ele quis dizer “essa merda” ou “nessa merda”, porquê não vai mudar em nada os fatos. Houve um desrespeito por parte de um jogador ruim, que nunca deveria ter desembarcado em Belo Horizonte para defender o Cruzeiro.

Se o desrespeito não foi para com a instituição ou a torcida, foi para com os companheiros, a diretoria e a comissão técnica. A reação absurda do atleta apenas evidencia mais um erro gritante de gestão, mais especificamente do presidente Gilvan. Afinal, ele que bancou a contratação deste elemento. Da mesma forma fez com Rafael Silva, este ano. Algum de vocês está surpreso que nenhum dos dois tenha conseguido ficar sequer um ano no clube sem ser repassado por empréstimo a equipes em situação ruim, porquê não tem nível para jogar no Maior de Minas? Acho que não, né.

Não surpreende porquê quando o trabalho é mal feito, não há possibilidade de render bons frutos. Lembram durante o ano passado quando a direção falou muito em análise de desempenho, trabalho a longo prazo e tudo mais? A torcida até parecia disposta a comprar essa história e ir junto, apoiar. Mas quando o treinador deixou o clube e desembarcaram na Toca da Raposa diversos jogadores sem credenciais para a aposta, vimos o quanto tudo isso foi uma falácia. Ou alguém quer me convencer que Sanchez Miño, Bruno Nazário, Federico Gino e Rafael Silva não foram contratados por negociações escusas com empresários? Para facilitar a vinda de outros nomes? A mim, parece óbvio.

Portanto, tenhamos algumas certezas. Se Cruzeiro e Riascos forem parar na Justiça do Trabalho, a chance do clube perder é gigante. Até porquê o áudio não é claro o suficiente para constituir prova e o jogador sempre pode argumentar que foi mal interpretado, até usando como artifício a barreira linguística. Não acho que a diretoria errou em afastar o jogador da delegação e dar a coletiva dura contra ele. Quanto mais se postergasse uma resposta oficial, pior seria. O melhor a fazer agora é chegar a um acordo com o atleta, ele seguir seu caminho e colocarmos uma pedra neste assunto.

Alimentar isso não vai levar ninguém a nada, é um atleta irrelevante, não fará falta alguma. O investimento realizado em 2015 é passado, foi um dinheiro perdido que poderia ter sido usado em alguém decente. Não cabe remoer mais. Importante agora é minimizar o prejuízo e arrumar uma forma de não bancar os surreais 300 mil do atleta até o final do ano que vem. Como gosto de números, aí vão os de Duvier Riascos Barahona pelo Cruzeiro: 15 jogos disputados, 1 gol marcado. Acredito que os analistas de desempenho não estejam muito impressionados.

Por: Emerson Araujo


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