Não foi uma quinta-feira qualquer…


Não foi uma quinta-feira qualquer…

 

Salve Guerreiros! Filhos, ah! Os Filhos. Dizem que são dádivas de Deus, um presente mesmo. Os traços físicos, a personalidade, tudo vai sendo formado na hereditariedade e na convivência familiar. Normalmente temos orgulho deles, mas eles às vezes nos irritam, desobedecem quase que clamando pela correção.

São avançados, tecnológicos, parecem sair do ventre convivendo muito melhor com os tabletes e celulares modernos do que nós que vimos o desenvolver da tecnologia.

Mas uma coisa é imutável para um pai que aprecia o futebol e tem seu time de coração: Que seu(s) filho(s) aprendam desde cedo a torcer para este mesmo time. Para isso, investimos! São roupinhas, camisas, as tentativas frustradas de manter na frente da TV para um jogo de futebol uma criança que só quer saber de brincar.

Nós cruzeirenses temos como tradição ensinar nossos rebentos o privilégio que é torcer pelo maior de Minas, e cá pra nós, o Cruzeiro, por suas conquistas, sempre facilita nosso trabalho (risos).

Esta quinta-feira (20 de novembro de 2014) nunca será como qualquer outra quinta na minha vida e vou lhes contar o por quê.

Depois de um primeiro tempo abaixo da média celeste e uma derrota parcial, meu filho de oito anos foi chamado pela mãe para dormir. Eu continuei assistindo a partida e não insisti pois entendo que a idade não é propícia a uma criança ficar até quase meia-noite acordada vendo TV.

Mas minhas constantes observações a respeito do jogo chamaram a atenção do meu pequeno cruzeirense que solicitou a sua mãe acompanhar-me na torcida. Poucos minutos após sua chegada à sala, o Cruzeiro conseguiu com Ricardo Goulart o empate. Ficamos ali, torcendo, olhares fixamente presos à TV. Até que em um dos inúmeros contra-ataques Mayke acerta um passe milimétrico em Everton Ribeiro. que pode não ser o dez de fato, mas, sem dúvida alguma o é de direito, que finaliza de forma perfeita para o fundo do gol adversário.

Nessa hora a vibração nos toma de assalto, pulamos simultaneamente de ambos os sofás que ocupávamos as feições no rosto dele serão uma marca indelével na minha memória pela eternidade. Ele veio correndo, se atirou no meu colo e nos abraçamos gritando gooooooooooool…

Sim, amigos! Essa não foi uma quinta-feira qualquer. Foi o dia em que tive a prova que tenho um filho cruzeirense nato e hereditário.

Saudações Celestes

Por: Álvaro Júnior