Nada de Pânico!


O dia de perder em casa chegou. Infelizmente.

Sendo sincero, eu pensava que passaríamos este campeonato sem conhecermos a face da derrota em nossos domínios. Não conseguimos.

Mas nada de pânico!

O jogo começou com controle total do Cruzeiro. E permaneceu assim até o apito final.

De fato, o que interessa é a bola na rede. Foram 3 gols do adversário, em 6 tentativas, enquanto marcamos apenas 2 em quase 20.

Não aproveitamos da tão comprovada eficiência ofensiva, e pagamos caro no final.

E na nossa principal jogada.

Mas nada de pânico!

Nenhum time é líder por acaso, e entre algumas virtudes de um líder, existe uma primordial: saber a hora certa de perder.

Em um campeonato longo, equilibrado e difícil como o Brasileiro, as derrotas vão acabar por bater na porta, uma hora ou outra.

Não é apenas a nossa realidade: o próprio São Paulo, depois que nos venceu no domingo passado, perdeu os outros 6 pontos disputados.

Não é má fase, não é fogo de palha, não é time com sorte; o próprio campeonato propicia momentos de alternância.

Se esta é a nossa pior fase no campeonato, há de se destacar algo interessantíssimo: a vantagem continua a mesma!

São “6 + 1” pontos do segundo colocado.

Na alternância de momentos, conseguimos controlar e estabilizar uma vantagem importantíssima.

E isso conta mais do que perder um ou outro jogo em casa. Muito mais.

Não é legal ser derrotado, muito menos aos 46 do segundo tempo.

Porém, em um campeonato medido pela regularidade, o que importa não é o que aconteceu em uma ou outra rodada, o que importa é o conjunto da obra.

China Azul, o campeonato particular deles acabou.

A final deles era vencer o Cruzeiro. Apenas.

Nós, porventura, já temos outra final na quarta, contra o Coritiba.

Porque nosso campeonato vale muito mais do que 6 pontos contra um time qualquer.

O campeonato deles, traz alegria em um dia; logo eles voltam à realidade.

O nosso pode trazer o título, o Tetra, a festa máxima no futebol.

“Seis” trocariam uma vitória dentro de casa por uma chance de conquistar um título?

Eu não.

Então, torcida celeste, nada de pânico!

Por: Pedro Henrique Paraíso