Meu único erro (Desabafo do colunista)


Salve, guerreiros!

Volto a este espaço desta vez, não para analisar um partida como é de costume, mas, para deixar uma reflexão que motivou a coluna da última segunda-feira. Desde 2013 integro a equipe Guerreiro dos Gramados, e em 2014, o idealizador do site, Paulo Costa, nosso chefe, me incumbiu de escrever as analises após as partidas. São duas colunas semanais que vão ao GDG normalmente na manhã após os jogos. O chefe me confiou tal tarefa justamente para manter a regularidade da coluna no site e desde então, foram pouquíssimas oportunidades em que deixei de escrevê-las, sempre solicitando outro membro da equipe quando circunstâncias não me permitem fazê-lo.

Ontem fui surpreendido com a decisão da direção do GDG de dar voz a um torcedor para refutar minha última coluna, que pode ser conferida aqui: Desabafo de um torcedor. Como fui citado diretamente, me senti no direito de dar uma satisfação aos leitores que me acompanham aqui. Já recebi muitas críticas na página do GDG no Facebook, lido com elas, algumas respondo, outras ignoro solenemente, e preciso começar dizendo que o leitor Edgar tem razão em um ponto, e só. Este colunista ignorou a data da provável final contra o time de Vespasiano caso o Cruzeiro se classificasse. De fato, como afirmei no texto, tal final não atrapalharia a disputa da Copa do Brasil.

Quando decidi dar o tom de defesa do Alex na coluna de segunda, pensei no quão exagerada foi crucificação pela qual o garoto estava passando nas redes sociais em função de seu baixo rendimento no domingo. Não vou me deter sobre o assunto, pois já está bem explicitado na referida coluna. Minha preocupação foi apenas olhar o lado humano. Conceder ao garoto a oportunidade de reerguer-se. Certamente ele deve ter uma auto crítica sobre seu desempenho. Não penso ser justa a execração pública na qual grande parte da torcida o estava submetendo. Estamos falando de um jovem valor que não pode ter toda sua carreira definida por uma única partida, e logo uma semifinal em jogo único!

Eu levo o futebol a sério, sou torcedor do Cruzeiro desde que me entendo por gente, invisto como sócio do futebol desde 2013 mesmo morando a 800km de Belo Horizonte, entretanto, não me sinto no direito de me achar mais torcedor que ninguém. Às vezes é necessário deixar de lado o fanatismo, o ufanismo pela Raposa e usar o coração. Foi isso que eu quis fazer na coluna da última segunda.

Entendo que num mundo ideal, o Cruzeiro não perderia uma única partida, mas na realidade, derrotas fazem parte de nossas vidas, fazem parte da existência do nosso time, e elas servem para isso, para que lições sejam aprendidas. Certamente o Alex aprendeu a dele, bem como o restante da equipe que apesar de ter todas as justificativas para vencer, perdeu.

Entendo o “ser torcedor”, até porque, eu o sou, entretanto, as vezes eu escolho ser humano. Eu escolho a compaixão, a lucidez, a inteligência, características que nos diferenciam das demais espécies. Posso ser muito mais que um desses irracionais trogloditas dos teclados aos quais as redes sociais deram voz. Aprendi a vencer, mas, mais importante de tudo, aprendi a perder, pois aí é que mostro a superioridade de quem às vezes levanta do pó e dá a volta por cima.

Guerreiro dos gramados. Nossa torcida, nossa força!

Por: Álvaro Jr