Mesmo sem brilhar, Cruzeiro vence CSA por 3×0 e elimina jogo de volta


O Cruzeiro foi a Alagoas e venceu o CSA por 3×0, em partida válida pela primeira rodada da Copa do Brasil. O resultado elimina a necessidade do jogo de volta, que seria no Mineirão. Mesmo com o placar dilatado, a equipe Celeste não fez uma boa partida, atuando de forma sonolenta e muitas vezes desligada. Sorte que o CSA não aproveitou as chances que teve e viu Diego Souza, Dagoberto e Ricardo Goulart resolverem a parada. Na próxima rodada, o Cruzeiro aguarda o vencedor de Caxias-RS e Resende-RJ.

Primeiro tempo fraco

Jogando todo de branco, o Cruzeiro começou a partida marcando a saída de bola do CSA, buscando recuperar a bola ainda no campo ofensivo. A equipe alagoana não parecia intimidada, uma vez que tentava articular seu jogo pelo meio-campo.

Aos quatro minutos, o lateral Everton teve a primeira chance clara pegando rebote de fora da área, finalizando com força. A bola explodiu na trave esquerda do goleiro Flávio assustando o CSA.

Os donos da casa resolveram acordar com o velho Diego Clementino. O ex-jogador celeste fez boa jogada pela esquerda do ataque, cortou para a finalização, mas isolou. Até ali o Cruzeiro parecia disperso na partida.

Mas aos nove, apareceu a qualidade dos homens de frente. Em lindo lançamento, Dagoberto acha Diego Souza entrando pela área adversária. O camisa 10 domina e com calma, finaliza de canhota para o fundo das redes. 1×0 Cruzeiro.

Com a vantagem no placar, o Cruzeiro relaxou na partida, o que acabou atraindo o CSA ao ataque. Aos 14 minutos, Leandrinho aproveitou lance confuso da zaga e soltou uma bomba da área, que passou por cima do gol de Fábio. Nilton e Leandro Guerreiro deixavam espaços na proteção da zaga.

Aos 23, Leandrinho fez linda jogada pela esquerda e cruza rasteiro para Alex Henrique na área. O jogador pega mal na bola e finaliza por cima do gol, perdendo um gol incrível.

A partir daí, o que se viu foi uma queda técnica imensa do time cruzeirense. Errando passes simples, lento no ataque e cheio de espaços, viu o CSA se arriscar no ataque e esbarrar na falta de qualidade nas finalizações. O setor esquerdo sofria com a fraca cobertura de Everton, enquanto a zaga era exposta à velocidade adversária. Marcelo Oliveira tinha muito que corrigir no vestiário

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Com a mesma postura

O segundo tempo começou e o Cruzeiro parecia o mesmo. Sem pegada, tocava a bola de forma morosa e sem objetividade.

Aos quatro minutos, Rodolfo resolveu arriscar de longe e mandou a bola no travessão. O CSA voltava com o mesmo ímpeto ofensivo.

Prometendo ser ainda mais sonolento, o Cruzeiro resolveu atacar. Aos seis minutos, Dagoberto insistiu em jogada pela esquerda, mas foi derrubado na área pela zaga adversária, pênalti claro. O mesmo Dagoberto pôs na cal e deslocou Flávio para anotar o 2×0 no placar. Mesmo atuando sem brilho, o Cruzeiro chegava ao placar interessante.

Tinga e Uellinton substituíram Everton Ribeiro – mal na partida, pouco participativo – e Nilton. Aos vinte e seis minutos o Cruzeiro tentava proteger sua vantagem, mas continuava a jogar mal. Pouquíssimas chegadas mais agudas à frente.

O relógio marcava 33 minutos quando Ricardo Goulart entrou em campo. Claramente com mais gana do que o resto do time, o jogador trombava com a zaga adversária, lutando e buscando as jogadas. E aos 41, foi premiado. Ganhou disputa no corpo do zagueiro, botou na frente e finalizou no canto de Flávio, matando o confronto. 3×0.

Com o resultado feito, o Cruzeiro segurou a bola e esperou o apito final para comemorar a classificação. Apesar do placar, o futebol celeste não foi o mesmo do Mineiro. Sofreu riscos e apresentou dificuldades em diversos aspectos. Mesmo assim, a classificação veio e o sonho do Penta começou com o pé direito.

Foto: Ailton Cruz / Vipcomm