Matar um leão por dia


A Raposa segue à caça de sua presa, ou melhor, de uma vaga na próxima Copa Libertadores. Após passar pelo São Paulo, último que se colocou em seu caminho na tentativa de colocar fim à sua luta, a Raposa terá o Leão da Ilha do Retiro como seu próximo desafio.

O mascote rival, aliás, é símbolo do que o Cruzeiro precisa para chegar ao G-4 (ou G-5, caso o Santos vença a Copa do Brasil). Não resta outra alternativa ao time celeste que não seja matar um leão por dia. Ou melhor, vencer seus próximos quatro jogos e torcer para que os resultados colaborem.
A situação dramática é ilustrada pelos matemáticos que apontam menos de 1% de chances para que o Cruzeiro alcance o seu objetivo. Mano Menezes, aliás, até recusa assumir como meta a vaga na Libertadores buscando assim evitar que o provável fracasso neste intento tenha cara de frustração.
No entanto, os dez jogos de invencibilidade e os três confrontos diretos (Sport, Palmeiras e Internacional, além do Joinville) que tem pela frente permitem ao cruzeirense sonhar. Serão quatro batalhas. Quatro leões (ou um leão, um porco, um coelho e um saci) que precisarão ser derrubados. Um a um!
É fato que o desafio do Cruzeiro será vencer os seus jogos restantes e que a cada vitória a tendência é que a esperança aumente, especialmente quando vierem acompanhadas de tropeços dos adversários diretos nesta briga.
Neste sentido, será inevitável que a cada triunfo a desconfiança da possibilidade de ir à próxima Libertadores se transforme em euforia pelo aumento das chances de que se torne realidade. E aí, a luta não poderá se transformar em oba-oba.
Para a briga seguir até o fim, o Cruzeiro não pode vacilar. A começar por este domingo, quando encara o Sport no Mineirão. Será necessário matar um leão por dia. Que se inicie pelo Leão da Ilha.