Matar ou morrer


borafogoxcruzeiro-esporte-clube-16092013Notícias dão conta de que o Mineirão estará abarrotado nesta quarta-feira. A expectativa de público para Cruzeiro e Botafogo já ultrapassa a marca dos 50 mil. Um reforço e tanto para este que é, sim, um jogo para matar ou morrer.

Claro que ainda há muita água pra correr por baixo da ponte. Claro que matematicamente nada se resolve amanhã. Claro também que reviravoltas acontecem no futebol. E até com certa frequência.

Estou de acordo com todos os “claros” e “poréns” que a expressão “jogo para matar ou morrer” permite.

Mas não consigo olhar para o Brasileirão de 2013 e não enxergar o de 2003. São várias as coincidências. E também as diferenças. Estas, aliás, bem favoráveis ao Cruzeiro. Quer ver?

 Bom, naquela oportunidade, Cruzeiro e Santos se encontravam pela 32ª rodada rigorosamente empatados em número de pontos. Hoje, temos quatro a mais que o Botafogo.

O Alvinegro Praiano era uma constelação de craques, com Alex, Diego e Robinho. Já a equipe de General Severiano é muito mais transpiração e entrega do que técnica.

As semelhanças também reluzem. A principal delas é que se dizia na época que aquela era a final antecipada. Todas as manchetes de hoje indicam o mesmo para Cruzeiro e Botafogo.

E, de fato, é. Pelo menos sob o aspecto psicológico, emocional. Em 2003, a vitória retumbante do Cruzeiro por 3 x 0 foi o marco inicial da arrancada celeste. Depois dessa partida, a Raposa chegou a abrir 12 pontos para o Santos.

O próprio Botafogo já experimentou o amargo de uma “decisão” em pontos corridos. Foi em 2007, quando enfrentou no Rio o São Paulo, naquela que também foi vendida como final antecipada. Deu Tricolor, 2 x 0. Depois disso, o time de Muricy embalou.

A verdade é que amanhã pode até não resolver o campeonato sob o ponto de vista matemático, mas que tem tudo para decidir a questão no aspecto psicológico, sobretudo se o time celeste abrir sete pontos, isso não tenho dúvidas.

Portanto, avante, Cruzeiro! É vida ou morte!