07 set A invasão cruzeirense e as táticas do desespero

Muito se fala por parte da mídia paulista a respeito da invasão realizada pelo time corinthiano ao Maracanã, no dia 5 de dezembro de 1976. Na ocasião, a equipe do Parque São Jorge enfrentaria o Fluminense em duelo válido pela semifinal do Campeonato Brasileiro do ano. Porém, o que se viu nesse dia 7 de setembro de 2014 é algo muito diferente, por mais que remeta à fatídica data. A torcida cruzeirense compareceu em grande número ao grande estádio do Rio de Janeiro e mesmo visitante, fez com que jogadores e comissão técnica se sentissem em casa.

Por vários momentos, se notava na transmissão televisiva os cantos da torcida celeste. Aqueles mesmos que tão bem conhecemos e são entoados no Mineirão. Simplesmente espetacular o feito realizado pela China Azul itinerante na tarde de hoje. O dia da Independência ficará marcado sim como um dia que o Cruzeiro deu um verdadeiro show em seu adversário, especialmente fora de campo. Se dentro das quatro linhas estabeleceu-se a igualdade por 3 a 3, a sensação no entanto é de que uma aura de campeão vai se formando. E o crescimento do Cruzeiro em âmbito nacional é destacável. Só a última pesquisa do IBOPE não vê.

Outro ponto a ser destacado é o trecho da música “Nós somos loucos”. No momento em que é entoado o final do verso, “seremos campeões e não se esqueça”, repórteres vão a polvorosa tentando plantar um suposto clima de já ganhou em meio ao escrete celeste. A parcialidade atinge níveis alarmantes quando desconsideram o simples fato que as canções que poderiam demonstrar alguma soberba de nossa parte são as mesmas que já eram tradicionais na última temporada. Porém a necessidade de tentar sabotar uma temporada muito bem sucedida por nossa parte, faz com que atirem para todos os lados.

Não se deixe enganar. O Cruzeiro é grande, tem uma torcida apaixonada e que vai dando provas de sua força a cada rodada. Lembram daquele estigma de que a torcida do Cruzeiro era fria? Que só apoiava quando tudo ia bem? Pois é, com Libertadores perdida e o apoio seguiu irrestrito, com exceção de meia dúzia de gente que não merece comentários. Temos duas taças a disputar, dois troféus a mais para vencer. Apoie, faça o possível para ir no jogo contra o Bahia. Os três pontos são obrigatórios em cada rodada. E nossa sequência é dura, especialmente pelo duelo contra a eterna asa negra São Paulo, no próximo domingo. Amamos o Cruzeiro, é o que interessa. Provemos mais uma vez. Para todo e sempre.

Por: Emerson Araujo