Inaceitável


O Cruzeiro foi à Recife com o objetivo de tentar encostar no G4, e enfrentou o Sport que lutava para sair da Zona de Rebaixamento.

Eu poderia fazer um pós-jogo, como tantos outros, e falar do gol do Wallyson no primeiro tempo, aos nove minutos, com passe de Wellington Paulista, ou do gol de empate do Sport , ainda na etapa inicial, aos 30 minutos, ou ainda do gol da virada do time pernambucano, aos 16 do segundo tempo.

Talvez valesse à pena destacar a entrada de Diego Renan no lugar de Rafael Donato, aos sete minutos da etapa final, na lateral direita, empurrando Léo de volta para a zaga a tempo de este ficar parado como um cone quando Rithelly tocou de letra para Gilberto fazer o gol da virada do time da casa.

A entrada de Lucas Silva com nove minutos do segundo tempo, no lugar de Tinga então, renderia assunto para mais uma coluna. O garoto finalmente voltou ao time depois de ter ficado fora do banco em duas partidas e teve boa participação jogando um pouco mais avançado do que de costume, apesar de também ter falhado no lance do segundo gol do Sport. Lucas Silva, aliás, levou o terceiro amarelo e não enfrenta o Figueirense na próxima rodada.

Também poderia aqui comentar a saída de Wallyson para entrada de Anselmo Ramon, aos 16 minutos, e como o time ficou mais uma vez engessado no ataque com dois centroavantes lentos. Poderia comentar como Montillo (que esteve sumido durante todo o jogo), passou a jogar como um terceiro atacante a partir daí, e como o argentino não rendeu muito, o que não é surpresa para quem já o viu atuando assim em outras ocasiões.

Poderia dizer que Sandro Silva fez uma boa partida, assim como Everton. Mas que, no geral, os jogadores do Cruzeiro ficaram devendo individualmente. Que, Fábio mais uma vez falhou, o que tem sido recorrente este ano. Não se tratam de falhas bizarras ou de frangos, mas sim de erros de posicionamentos ou simplesmente de gols que outrora não teria tomado. Poderia também dizer que, de novo, a equipe treinada por Celso Roth insistiu em ligações diretas. Que Wellington Paulista, apesar de ter dado belo passe para o gol de Wallyson, mais uma vez insistiu no famigerado “cai-cai”. Procurou as faltas (longe da grande área) brigou muito, lutou muito e produziu pouco.

A boa atuação da limitadíssima equipe do Sport também poderia ser o foco do pós-jogo, inclusive a defesa à queima roupa que Saulo, o goleiro reserva do Sport fez aos 42 na cabeçada de Anselmo Ramon após cobrança de falta de Montillo.

Acontece que falar do jogo e tentar analisar o Cruzeiro taticamente é, para dizer o mínimo, frustrante. O jogo foi muito ruim tecnicamente, e o fraquíssimo Sport ganhou de um desanimado Cruzeiro, até com certa facilidade. Durante todo o jogo o time de Recife teve muito mais perto do terceiro gol que o Cruzeiro do Empate.

As derrotas, em momento crucial do campeonato, preocupam, mas, não tanto como o fato de certos tabus como o de não perder pro Botafogo há um milhão de anos em BH, caírem. Eu sou de um tempo em que o Cruzeiro era temido por times como o Sport e que até mesmo um empate fora de casa, com todo respeito ao time de Recife, era considerado um mal resultado.

Não sei até que ponto uma troca de comando poderia ajudar (ou atrapalhar) o time neste campeonato. Talvez toda a torcida do Cruzeiro esteja simplesmente movida pela paixão e acabe se precipitando ao pedir a cabeça de Roth depois de cada derrota. O certo é que o futebol apresentado pela Raposa contra o Sport na 23ª rodada foi extremamente irritante, sendo impossível deixar de dar razão até mesmo ao mais corneteiro dos cruzeirenses.

Por favor, alguém devolva o nosso Cruzeiro.

Roth terá agora pouco tempo para fazer com que o Cruzeiro apresente uma postura diferente no jogo de quarta-feira, contra o Figueirense no Orlando Scarpelli, no jogo válido pela 24ª rodada da Série A do Brasileirão.

Nesta segunda o programa Guerreiros em Debate repercute tudo que rolou no jogo deste domingo.

Foto: Antonio Carneiro Costa/Gazeta Press


Inaceitável


O Cruzeiro foi à Recife com o objetivo de tentar encostar no G4, e enfrentou o Sport que lutava para sair da Zona de Rebaixamento.

Eu poderia fazer um pós-jogo, como tantos outros, e falar do gol do Wallyson no primeiro tempo, aos nove minutos, com passe de Wellington Paulista, ou do gol de empate do Sport , ainda na etapa inicial, aos 30 minutos, ou ainda do gol da virada do time pernambucano, aos 16 do segundo tempo.

Talvez valesse à pena destacar a entrada de Diego Renan no lugar de Rafael Donato, aos sete minutos da etapa final, na lateral direita, empurrando Léo de volta para a zaga a tempo de este ficar parado como um cone quando Rithelly tocou de letra para Gilberto fazer o gol da virada do time da casa.

A entrada de Lucas Silva com nove minutos do segundo tempo, no lugar de Tinga então, renderia assunto para mais uma coluna. O garoto finalmente voltou ao time depois de ter ficado fora do banco em duas partidas e teve boa participação jogando um pouco mais avançado do que de costume, apesar de também ter falhado no lance do segundo gol do Sport. Lucas Silva, aliás, levou o terceiro amarelo e não enfrenta o Figueirense na próxima rodada.

Também poderia aqui comentar a saída de Wallyson para entrada de Anselmo Ramon, aos 16 minutos, e como o time ficou mais uma vez engessado no ataque com dois centroavantes lentos. Poderia comentar como Montillo (que esteve sumido durante todo o jogo), passou a jogar como um terceiro atacante a partir daí, e como o argentino não rendeu muito, o que não é surpresa para quem já o viu atuando assim em outras ocasiões.

Poderia dizer que Sandro Silva fez uma boa partida, assim como Everton. Mas que, no geral, os jogadores do Cruzeiro ficaram devendo individualmente. Que, Fábio mais uma vez falhou, o que tem sido recorrente este ano. Não se tratam de falhas bizarras ou de frangos, mas sim de erros de posicionamentos ou simplesmente de gols que outrora não teria tomado. Poderia também dizer que, de novo, a equipe treinada por Celso Roth insistiu em ligações diretas. Que Wellington Paulista, apesar de ter dado belo passe para o gol de Wallyson, mais uma vez insistiu no famigerado “cai-cai”. Procurou as faltas (longe da grande área) brigou muito, lutou muito e produziu pouco.

A boa atuação da limitadíssima equipe do Sport também poderia ser o foco do pós-jogo, inclusive a defesa à queima roupa que Saulo, o goleiro reserva do Sport fez aos 42 na cabeçada de Anselmo Ramon após cobrança de falta de Montillo.

Acontece que falar do jogo e tentar analisar o Cruzeiro taticamente é, para dizer o mínimo, frustrante. O jogo foi muito ruim tecnicamente, e o fraquíssimo Sport ganhou de um desanimado Cruzeiro, até com certa facilidade. Durante todo o jogo o time de Recife teve muito mais perto do terceiro gol que o Cruzeiro do Empate.

As derrotas, em momento crucial do campeonato, preocupam, mas, não tanto como o fato de certos tabus como o de não perder pro Botafogo há um milhão de anos em BH, caírem. Eu sou de um tempo em que o Cruzeiro era temido por times como o Sport e que até mesmo um empate fora de casa, com todo respeito ao time de Recife, era considerado um mal resultado.

Não sei até que ponto uma troca de comando poderia ajudar (ou atrapalhar) o time neste campeonato. Talvez toda a torcida do Cruzeiro esteja simplesmente movida pela paixão e acabe se precipitando ao pedir a cabeça de Roth depois de cada derrota. O certo é que o futebol apresentado pela Raposa contra o Sport na 23ª rodada foi extremamente irritante, sendo impossível deixar de dar razão até mesmo ao mais corneteiro dos cruzeirenses.

Por favor, alguém devolva o nosso Cruzeiro.

Roth terá agora pouco tempo para fazer com que o Cruzeiro apresente uma postura diferente no jogo de quarta-feira, contra o Figueirense no Orlando Scarpelli, no jogo válido pela 24ª rodada da Série A do Brasileirão.

Nesta segunda o programa Guerreiros em Debate repercute tudo que rolou no jogo deste domingo.

Foto: Antonio Carneiro Costa/Gazeta Press