Ídolo? Postulante? Aspirante? Candidato? A incrível identificação de Nilton, com a torcida do Cruzeiro


Ídolo? Postulante? Aspirante? Candidato? A incrível identificação de Nilton, com a torcida do Cruzeiro - Cruzeiro Esporte Clube

Ele chegou na dele, sem muito alarde. Em uma negociação que envolveu Pedro Ken e Sandro Silva, Nilton desembarcou em Belo Horizonte no começo da temporada para assumir uma posição que vinha sendo extremamente contestada em toda a temporada de 2012.

Após alguns anos com um meio de campo forte, onde Fabrício, Henrique, Ramires e até mesmo Marquinhos Paraná e Charles, davam conta do recado na “volância”, o ano de 2012 nos trouxe uma meiúca nada brilhante. Ou alguém gostaria de voltar a ver Marcelo Oliveira e Leandro Guerreiro vestindo a camisa titular do Cruzeiro? Não. Pra que brincar com isso, né?

Hoje temos enfim, novamente um meio campo consistente, que consegue cumprir com eficiência tanto o seu papel defensivo, como também o seu papel de ligação.

E grande parcela de “culpa” nesse belo meio de campo do Cruzeiro, se dá ao guerreiro Nilton. Ou Niltão, como preferirem. O homem dos desarmes, dos gols de cabeça, porque não também gol de placa, e da raça inconfundível vem ganhando cada vez mais o carinho dos torcedores cruzeirenses.

Fabrício tinha tudo pra ser. Um guerreiro, com uma raça empolgante, uma vibração que contagiava até mesmo quem via o jogo pela tv, uma personalidade forte e uma certa dose de identificação com o clube e com a torcida poderiam ter feito de Fabrício um ídolo eterno na história do Cruzeiro, mas, não foi. Respeito quem tem Fabrício como ídolo, mas convenhamos que faltou um algo a mais pra ele marcar história no Cruzeiro. Talvez aquele título de 2009, talvez uma renovação de contrato em 2011. Não sei. O certo é que a saída de Fabrício, deixou uma lacuna a ser preenchida no time marcado pelo toque de bola bonito, mas também pela garra e vontade dos atletas.

Eis que surge Nilton . Seu jeitão arrojado, as entrevistas bem humoradas e as boas respostas em campo fizeram ele se tornar efetivamente o substituto do nosso antigo camisa 5 e fez também com que ele assumisse definitivamente a posição de candidato à ídolo nesse time do Cruzeiro. Talvez até Karin, sua esposa, tenha alguma participação nisso. Aquele papo de mulher corneteira divertiu a torcida, que começou a brincar com a situação e cobrar de Nilton, do mesmo jeito que sua esposa. Talvez a entrevista à ESPN após o jogo contra o Atlético-GO, o marcante: “P*u no rabo deles!” também tenham contribuído para tamanha popularidade. Talvez a entrevista emocionada, depois do gol contra o Botafogo, aquela, de poucas, ou quase nenhuma palavra. Só o silêncio ensurdecedor, que encheu o coração da China Azul… Talvez esse entrevista tenha contribuído para a identificação com o torcedor.

Mas, a verdade é que nada disso adiantaria se o bom futebol e a entrega dentro de campo não fossem traço marcante do jogador. Não consigo imaginar que exista algum torcedor insatisfeito com o trabalho do guerreiro , que não é o Guerreiro, mas também é um grande guerreiro. Nilton é unanimidade e pelo menos PRA MIM, é o jogador mais importante hoje no time. Na sua posição, é primordial.

Nilton vem tomando feições de ídolo. Caiu nas graças da torcida e agora, falta justamente aquele “algo a mais” para marcar história em um clube tão gigante quanto o nosso. Precisa falar o que seria o “algo a mais”? Acho que nem precisa. O certo é que o universo vem conspirando a favor de Nilton, o universo vem conspirando a favor do Cruzeiro. E todos nós esperamos um final feliz. Para todos nós. Nossa Torcida, Nossa Força!