Gigante também com as mãos


O Brasil é o país do futebol, pelo menos é o que muita gente acredita, quando vejo a seleção da CBF (não a que um dia foi do povo) na 7ª colocação no ranking da FIFA, tenho minhas dúvidas. Acho que esse título já mudou de dono. E o esporte bretão em Minas Gerais tem um dos maiores times do mundo, que carrega a bandeira do estado para fora das nossas fronteiras, Cruzeiro.


É a religião de mais de oito milhões de apaixonados e conseguiu essa legião conquistando títulos e com gênios da bola, ídolos, que envergaram orgulhosamente o manto azul celeste. Mas hoje, devo confessar, não reconheço meu time. Graças aos últimos anos da administração Perrella – que Deus o tenha! E que Dr. Gilvan conserte os erros deixados pelo seu antecessor.

Foto: Cruzeiro/Divulgação


Com o time dos Guerreiros dos Gramados em baixa (mas sempre com a torcida ao lado) quem mais nos faz sentir orgulho de carregar as cinco estrelas no peito ultimamente são os Guerreiros das Quadras.

Penso que tanto dirigentes quanto atletas do futebol, deveriam seguir o exemplo do esporte especializado e mudar algumas atitudes. São muitas as diferenças entre os esportes. O vôlei vem se organizando fora das quadras há pelo menos duas décadas, prova é que hoje, qualquer que seja a modalidade, quadra ou praia, o país tem os melhores atletas do mundo. O calendário, se ainda não é o ideal, é mais organizado, as seleções não atrapalham os clubes durante as competições.

A diferença entre os atletas então nem se fala. Não ouço reclamações de cansaço, ginásio ruim, viagem cansativa e outras frescuras, comuns entre os boleiros. São muito educados e, por maior que seja o reconhecimento profissional, são super acessíveis, sem estrelismos. Através das redes sociais, em especial o twitter, é possível interagir com eles e perceber que são pessoas comuns como todo torcedor. Não fogem dos questionamentos, se posicionam como cidadãos e, o melhor, não vejo ninguém falando de Michel Teló, pagode e Sertanejo (brincadeirinha gente, mas no futebol é osso ouvir alguma coisa que preste).

Tudo bem que ainda não vi o Sada/Cruzeiro passar por uma crise, nosso time sempre briga na parte de cima da tabela, mas não acredito que deixariam de se manifestar por causa das cobranças, ou estou errada? Conversas com torcedores sobre política, comportamento, cultura e até o futebol são constantes, e muito boas!

Sei que o carro-chefe do clube é o futebol, não quero que seja diferente afinal quem me fez enlouquecer de paixão pelas cinco estrelas foram jogadores como Tostão, Dirceu Lopes, Nelinho, Gottardo, Dida, Sorín, Alex e muitos outros. Minha segunda casa é o Mineirão. Mas não dá para ignorar o que os rapazes do vôlei vêm fazendo. São gigantes em quadra, guerreiros como todos que vestem o manto sagrado, como no futebol, jogam bonito e colocam a raça em quadra.

P.s: A única semelhança entre o futebol e o vôlei são as confederações. Porque, vamos combinar, deixar fora da seleção William, Serginho e Filipe é complicado, né? E aí Bernadinho??? SE EXPLIQUE.

E para quem ainda não segue os guerreiros das quadras no twitter aí estão os perfis:

@serginhovolei, @arjonaw7, @dacg12, @acacionesss, @Rogerio14volei, @filipe7volei, @Mauricioborges5, @DougCordeiro04, @gui_kachel, @Lucas_victor_12 e o @felizardo1 que não está mais no Cruzeiro, mas é cruzeirense apaixonado.