Futuro político do Cruzeiro pode começar a ser definido na segunda-feira


Por mais que o cenário político atual que vive o Cruzeiro ainda tenha cicatrizes do que foi a última gestão feita por Wagner Pires de Sá, Itair Machado e companhia, novos ares começam a soprar na Toca da Raposa. Muito se especulava sobre como o Núcleo Dirigente Transitório se sairia à frente de um clube largado às traças; e o saldo até o momento aparenta ser positivo.

Com a criação do “Sócio Reconstrução” e a arrecadação inicial de R$ 6 milhões anuais, anunciados pelo próprio Núcleo; as mudanças financeiras propostas por essa nova gestão, seja na folha salarial, seja em gastos extracampo; e a criação de um “Portal Transparência” para o torcedor, a luz no fim do túnel, que parecia ter se apagado no fim do Campeonato Brasileiro de 2019, voltou a brilhar levemente.

Agora, o próximo passo para que o futuro do Cruzeiro possa não ser tão sombrio quanto parecia passa diretamente pelas eleições presidenciais que ocorrerão no dia 21 de maio deste ano. Obviamente, o mandato definido neste dia será apenas até o final da temporada. Servindo como um tipo “tampão” no buraco em que o clube celeste se encontra. Entretanto, este mandato é fundamental para o futuro do clube, já que, caso caia nas mãos erradas, o que já está ruim pode piorar ainda mais.

Emílio Brandi é o nome mais cotado para a candidatura

Foto: Bruno Haddad/Cruzeiro

A principio, o nome mais falado internamente dentro do conselho gestor para se candidatar a presidência é o de Emílio Brandi  (CEO do grupo Nova Safra), que seria o único nome apoiado pelo Núcleo e; segundo a reportagem feito pelo Portal Deus Me Dibre; Emílio considera a candidatura e que na segunda-feira, após conversar com membros do conselho, amigos e familiares, tomará a decisão final.

Vale ressaltar, que a oficialização da candidatura está diretamente ligada a modernização do estatuto do clube, que proporia em primeiro momento apenas mudanças administrativas; estabelecendo regras de compliance a serem seguidas, auditoria externa obrigatória e diretrizes de orçamento, gastos e responsabilidade com o patrimônio do clube. Sendo assim, as demais mudanças, principalmente políticas, seriam feitas posteriormente.

Chapa única e Família União

Foto: GloboEsporte.com

Por mais que as expectativas pela candidatura de Brandi sejam as maiores possíveis, ainda não há nenhuma certeza de que as eleições serão disputadas com chapa única, para a tristeza dos cruzeirenses. A “Família União”, responsável pela desastrosa gestão passada ainda não está totalmente fora do jogo e pode ser que lance algum candidato na disputa.

O último nome ventilado na mídia foi o do Médico Célio Elias, que declarou nos últimos dias a possibilidade de sua nomeação, revelou uma reunião com cerca de oitenta conselheiros e ainda disse que se encontraria com Dalai Rocha; que atualmente ocupa o cargo de presidente do clube; para debater sobre as eleições e tentar chegar num consenso.

Ou seja, por mais que uma certa “limpa” tenha sido feita internamente, membros do último Conselho seguem exercendo suas funções dentro do clube e possuem forças perigosas. O que não descarta a possibilidade de uma eleição com duas chapas, uma apoiada pelo atual Núcleo Dirigente Transitório e outra pela Família União.