Fugindo do prejuízo


Cruzeiro segura jogadores importantes e fica mais forte após a “janela” de transferências

O saldo do Cruzeiro com o fim da “janela” de transferências internacionais é duplamente positivo. Ao mesmo tempo que apenas um titular foi vendido – o volante Charles, para o Lokomitiv Moscou, da Rússia -, a Raposa, com a negociação de jogadores que estavam fora dos planos do técnico Adilson Batista, conseguiu uma receita satisfatória para as despesas do ano, na avaliação da diretoria do clube.

“O Cruzeiro precisava vender dois jogadores para fazer o caixa. A partir do momento que a gente conseguiu vender o Kerlon, vender o Jonathas e o Lauro, conseguimos uma venda do Charles, que acertou a parte financeira. Aí sim, a diretoria não se empenhou mais em vender ninguém para deixar um time forte”, explicou o diretor de futebol celeste, Eduardo Maluf.

O volante Charles teve 70% dos seus direitos econômicos negociados por 5 milhões de euros. O atacante Jonathas e o meia Kerlon foram negociados, respectivamente, por 600 mil euros para o AZ Alkmaar, da Holanda, e 650 mil euros para o Chievo, da Itália. Já a transferência do goleiro Lauro foi doméstica. Ele foi para o Internacional, de Porto Alegre, por R$ 700 mil.

Enquanto isso, o meia Wagner, os volantes Ramires e Fabrício, o zagueiro Thiago Heleno, o goleiro Fábio e o atacante Guilherme disseram não às sondagens do mercado internacional.

“Ter ficado foi importante porque se saíssem todos os jogadores que podiam ter saído, até entrosar, até achar um outro meio de campo, ia levar um pouco de tempo. Nesse caso, foi importante”, avaliou Guilherme, artilheiro cruzeirense na competição nacional, com 13 gols.

O artilheiro cruzeirense é adepto à filosofia de que é preciso avaliar bem as propostas e não ser precipitado. “Às vezes, ficar e ganhar menos é melhor porque, mais à frente, (o jogador) está mais valorizado e pode ganhar mais do que perdeu um pouco atrás”, ressaltou.