Feijão com arroz+postura de time grande=classificação


É impressionante, quando as coisas vão bem, e na era Adilson geralmente as coisas vão bem quando a receita acima é executada, não tem muito que falar, o que explicar, o óbvio fala por si próprio, cada um na sua, sem medo, sem dar campo para o São Paulo , mantendo a posse de bola do meio para frente; postura que estava sendo cobrada há tempos, não é porque o jogo é fora que temos que abdicar da nossa forma de jogar e se apequenar.

18.06.09 - Kléber - Foto: VipCommO jogo começou com o tricolor tentando achar um gol logo de início e passar a pressão do resultado para o lado azul, à medida que o tempo foi passando, o Cruzeiro começou a manter a posse de bola, ditando o ritmo, cadenciando, fazendo o time paulista correr atrás da bola, as vaias já eram ouvidas no meio do primeiro tempo, a confiança dos jogadores paulistas neste tempo, já não era a mesma, e a jogada aérea encima do centroavante e este tentando escorar para quem vinha de trás ou mesmo para Borges.

No Cruzeiro, apesar do lindo gol no segundo tempo, Henrique fazia o terceiro homem pela direita, já que Jonathan ficava preso na marcação do lateral Junior César que jogava como um ponta, talvez se Henrique tivesse ficado na marcação e o nosso lateral tivesse mais liberdade, teríamos mais sorte no primeiro tempo antes mesmo da expulsão do botineiro Eduardo, que nos ajudou, pois naquele momento o tricolor nos pressionava e não conseguíamos prender a bola no ataque como antes.

No segundo tempo, o tricolor abrindo mão do seu jogador de maior estatura e com um homem a menos, o Cruzeiro bem que poderia ter adiantado a marcação, fazendo o São Paulo dar chutões onde nossos zagueiros mais altos que Dagoberto e Borges, sairiam ganhando.

O gol demorou a sair, saiu de um lance nada comum, daqueles raros, dando tranqüilidade ao time, dando uma ducha fria no tricolor e fazendo o time rodar a bola até o final, antes nos presenteando com mais um gol do Gladiagol.

Pontos fracos do time: Pecamos no último passe no segundo tempo, poderíamos ter feito mais gols; W.Paulista continua afoito, se enroscando demais com a zaga adversária, não é a dele, não tem domínio de bola suficiente para este tipo de jogada que Kléber executa com maestria; e por fim o cartão recebido pelo Jonathan deveria ser chamado à atenção ou até mesmo ser punido, pois estava no meio campo, o jogador são paulino voltando com a bola, e merecia ser expulso, foi amadorismo demais.

Pontos fortes do time: A aplicação tática do time; Gerson Magrão que jogou bem tanto na lateral e principalmente quando foi para meia, indo para cima sem medo; Henrique e Eli Carlos (tem mais qualidade) que com toda limitação, compensaram com raça e aplicação e às vezes isto nivela a falta de qualidade ou até supera às vezes, estou dizendo às vezes; e o leão Leonardo Silva, grande zagueiro, zagueiro grande, um achado mesmo aos trinta anos, caiu como luva.

Deixo uma menção ao Adilson que sempre quando faz o fácil e joga o feijão com arroz que ele montou e está dando certo, tem que receber palmas, é isto que estamos cobrando.

Gener Valvão, 34 anos, morador de Contagem, trabalha na área da construção civil diretamente com contrutoras. Desportista nato, acompanho esportes pelo mundo todo (graças a ESPN e Sportv), cruzeirense enraizado na família toda azul, contarrâneo dos Perrelas por parte de pai (São Gonçalo do Pará) e contarrâneo do vice Gilvan de Pinho Tavares por parte de mãe (Sabinópolis). Como foi quase jogador profissional, gosta muito e tem o tino de analizar e observar o jogo taticamente e estrategicamente falando, esquemas, posicionamentos, etc…sendo principalmente muito exigente comos pseudo- jogadores hoje em dia.