Esmolando coerência


Após a derrota vergonhosa contra o Santos, cheguei à conclusão que o time dentro de campo reflete o que acontece fora dele, assim de simples. De fora, ninguém valoriza nem da segurança em nada, pior ainda, desvaloriza. 

Que treinador se importará pelo destino do clube sabendo que não faz parte do projeto 2013?

Que jogador recomendado pelo treinador jogará como se fosse ‘o último jogo de sua vida’, sabendo que seu comandado já tem data de saída?

Que possibilidades existem de termos jogadores compromissados com esse rodízio interminável de nosso treinador?

Como não boicotar, se não de maneira explícita, o trabalho coletivo dentro de campo, ouvindo diariamente depoimentos que se confrontam na linha hierárquica? Presidente dizendo que treinador não continuará; treinador dizendo que já sabia e que ele não deseja continuar; nomes de possíveis comandantes…

A torcida está atônita e absorta, ovacionando jogadores adversários e ironizando os próprios, com exceção de Fábio… Será que essa é a reação dos torcedores diante do namoro com a segunda divisão cada vez mais evidente?

Sou sincero, essas atitudes poderão ser muito bonitas, talvez tão bonitas e irônicas como a notícia de que “Jogadores pedem apoio irrestrito da torcida celeste no jogo contra o Bahia”.

Serve para desabafar, é momentâneo, mas pouco serve em termos práticos. É hora de cobrar coerência. Ou será que vamos ter também que sair a comprá-la? Vamos acelerar que o produto está escasseando no mundo…

Depois não vale reclamar.