Errar é humano, mas permanecer no erro é burrice


Olá amigo cruzeirense, estou nesse momento de irritação provocada pelo péssimo resultado de ontem, procurando algum tipo de explicação para a inconstância que abate o time celeste neste ano de 2015.

Algumas situações insólitas provocam duvidas sobre o que foi feito da máquina que reinava soberana nos gramados brasileiros no último biênio. Posso afirmar que vender metade do time titular contribui significativamente para essa situação, perder peças fundamentais por lesões, como Dedé e Bruno Rodrigo, também atrapalha, mas nesse momento de instabilidade sinto falta de uma peça fundamental nessa engrenagem, e não é o meia que você pede aos quatro ventos por aí.

O papel do diretor de futebol vai além do trabalho de montagem do elenco de um clube de futebol. Passa por ele responsabilidade de avaliar e corrigir constantemente o planejamento do clube para toda a temporada, observar as peças que não se encaixaram no esquema e dispensá-las, substituindo-as por outras que podem fazer a função de forma mais eficiente, seja o sucessor advindo da base, um jovem desconhecido ou um craque de repercussão mundial.

Falta por exemplo um diretor de futebol que chame o treinador para uma conversa franca tentando corrigir os defeitos do time, sem que para isso precise expor alguém ou alguma situação, como ir a público constantemente alegar que o time precisa de um meio campista ou dizer que esta peça irá chegar pra assumir a titularidade.

Não estou criticando a competência de quem está cobrindo um buraco deixado por um dos melhores da função em atividade no país, se Barbosa e Queiroz estão no clube há décadas é porque fazem seus trabalhos bem feitos, mas o presidente deve abrir os olhos a esse buraco, e não repetir o mesmo erro que cometeu no começo de sua gestão.

Todos se lembram do final de 2011 e inicio de 2012 quando o clube era gerido por Dimas Fonseca, e os rumos nefastos que o futebol cruzeirense tomava. Mesmo sendo quase rebaixado em 2011, Gilvan manteve Dimas até meados de Abril de 2012, quando acabou eliminado vexatoriamente na semifinal do Mineiro e da Copa do Brasil, só a partir desta humilhação o presidente abriu os olhos à contratação de uma pessoa mais preparada para o cargo.

Então caro presidente, eu não espero a contratação de um diretor entre hoje e sábado, dia mais sensato do segundo jogo da semifinal, mas que não seja preciso o Cruzeiro cometer a afronta histórica, de ser eliminado pela primeira vez em uma fase de grupo de Libertadores, para você agir, ainda mais contando o nível técnico ridículo dos adversários concorrentes.

Abra os olhos aos erros do passado e não os faça de novo, porque o velho ditado é sempre válido, errar é humano, mas permanecer no erro é burrice.

Por: Felipe Nunes