Empate morno em mais um clássico


Fala Nação,

O clássico deste domingo foi travado em um momento de afirmação das duas equipes. Ambos lutando para subir na tabela de seus respectivos grupos na Libertadores, mas ao mesmo tempo, brigando pela ponta no estadual. Mas nosso herói/vilão, Fábio, fez o favor de manter um incomodo tabu de 9 jogos sem vitórias.

O jogo

Durante todo o primeiro tempo, os dois times aparentavam muito nervosismo e uma grande necessidade de marcar o gol a qualquer custo. Muitos passes errados, muito trabalho paras os volantes de cada equipe e pouco futebol. Raras foram as chances claras de atravessar a meta adversária.

Em um momento – literalmente – único, Willian teve a chance de colocar o seu nome na súmula do jogo ao acertar um voleio incrível, mas o goleiro Victor, bem postado fez a defesa. Logo após entra em cena o herói/vilão do clássico. Fábio, o goleiro que por anos clama por seu nome na seleção, fez duas defesas espetaculares, à queima roupa, para emoldurar e guardar para a posteridade. Infeliz foi o Jemerson que por um instante, acreditou que marcaria seu primeiro gol em clássicos.

Segundo tempo não muito diferente do primeiro. Apesar das descidas do clube alvinegro e da busca pelo contra-ataque pelas beiradas do campo, a defesa celeste se mantinha bem postada e compacta, avessa à qualquer investida adversária. Até que aos 26 minutos, em uma jogada de muita infelicidade, o arqueiro celeste tenta “isolar” a bola – se é que podemos chamar aquilo de uma “isolada” – e acaba acertando as costas do atacante atleticano, a bola sobra para Rafael Carioca e é balançado o filó azul do Mineirão.

Balde de água fria. Mas o time claramente não se abate, continua seu jogo morno em busca de – talvez – um empate milagroso. Aos 36 minutos, quando Damião recebe na entrada da área, faz o pivô, gira e bate, explode o coração celeste de alegria. Festa no Mineirão. Mas só. Mais nada, nem mais um ataque, nem mais um lance de perigo, nem mais um momento de prender a respiração do torcedor celeste.

Neste momento, são nove jogos sem ganhar do rival. Ao meu ver, a maior nota de hoje, seria novamente, para o Damião. O camisa nove lutou, brigou, bateu de frente com os adversários, “cutucou” o árbitro e marcou o gol de empate.

Minha decepção fica por conta do meu xará, Fábio. Um goleiro que clama por um lugar na seleção brasileira, jamais – digo jamais mesmo – pode cometer um erro EM CLÁSSICO, como cometeu. Por mais que tenha salvo a meta no primeiro tempo, “entregou a paçoca” no tempo complementar e comprometeu o andar da peleja.

Salvo ainda pela “corneta amiga” ao Arrascaeta que ainda não mostrou a que veio. O uruguaio sofre com a adaptação ao nosso futebol, mas ao meu ver, adaptar não significa se esconder atrás da marcação adversaria e sofrer com a sombra de jogadores que têm nível técnico abaixo do seu.

O Cruzeiro de 2015 ainda precisa de muita evolução. Quarta feira enfrentamos o Vila Nova em busca da afirmação da nossa liderança. Hora do nosso comandante “zói preto”, testar variações de jogo, novas peças, talvez uma nova formação tática e começar – de fato – a dar cara para o tal “novo Cruzeiro”.

Saudações – emputecidas – celestes

FICHA TÉCNICA CRUZEIRO 1 X 1 ATLÉTICO-MG

Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data: 08 de março de 2015, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Arbitragem: Emerson de Almeida Ferreira, auxiliado por Guilherme Dias Camilo e Márcio Eustáquio Santiago.
Cartões amarelos: Léo, Mena e Leandro Damião (Cruzeiro). Leandro Donizete (Atlético-MG)

CRUZEIRO: Fábio; Mayke, Léo, Paulo André e Mena; Willians (Joel), Henrique, Marquinhos e De Arrascaeta (Judivan); Willian (Alisson) e Leandro Damião Técnico: Marcelo Oliveira

ATLÉTICO-MG: Victor; Patric, Jemerson, Edcarlos e Douglas S.; Leandro Donizete, Rafael Carioca, Cesinha e Dodô; Luan e Carlos. Técnico: Levir Culpi

Por: Fábio Veloso