19 set Em que ponto deixaram o Cruzeiro

A frase “Se não ganhou do América-MG, vai ganhar de quem?” reflete bem a difícil realidade do atual Cruzeiro, e não adianta caçar culpados, tem é que trabalhar para buscar os resultados.

É o meu terceiro ano como colunista do Guerreiro dos Gramados, e vou confessar duas coisas: Primeiro, cansei de reclamar do que acontece de errado no time. Segundo, nunca estive tão preocupado quanto agora.

Entra semana, sai semana, os problemas não se resolvem. Fora de campo, muito blá blá blá e entrevistas. Em campo, o time continua estático, previsível, fácil de ser marcado, ninguém dá opções de jogada. Emerson Ávila já deveria estar mostrando alguma evolução.

A exceção é Montillo, único lampejo de criatividade do nosso ataque, mas até os adversários já sabem, basta marcar o Pirata Azul que o Cruzeiro morre em campo. Ou então basta esperar o treinador escalar o jogador de “falso ponta direita” (como fez ontem) que todo o talento se perde, porque não tem ninguém que presta para finalizar.

Falando nisso…e as contratações? Com certeza, qualquer criança de 04 ou 05 anos teria mais competência para contratar jogadores do que o “presidente preguiçoso em final de mandato” e seu “gerente de futebol que não entende nada”.

O Cruzeiro, no início do ano, mostrava um bom futebol porque tinha, pelo menos, um atacante de velocidade – Wallyson e Thiago Ribeiro, muitas vezes os dois. Um se lesionou, o outro quis ser vendido, e para o lugar deles, estes incompetentes trouxeram somente cones (ISTO MESMO, CONES, POSTES, PAREDES QUE NÃO SE MEXEM E NÃO FAZEM NADA).

Ortigoza estava na Coreia antes de vir para o Cruzeiro – como lá todo mundo tem olho puxado, não enxergavam o quanto ele é ruim. Bobô veio de passe livre e se dizia “artilheiro na Turquia”, mas se fosse bom mesmo, ficaria na Europa – ontem errou um chute e ainda teve a cara de pau de dizer que escorregou. Keirrison entra em campo e se esconde, provando por que foi dispensado de todos os clubes por onde passou, depois de ser vendido ao Barcelona. Isto para não falar de Anselmo Ramon, Reis, e outros…

Toda esta ruindade concentrada do atual time do Cruzeiro, agora, começa a preocupar de verdade. Sabem por quê? Faltam 14 rodadas, metade dos jogos em Minas Gerais (deixei em destaque, inclusive o último, contra o Atlético-MG) e metade nos outros estados. Vejam só:

A não ser que o Cruzeiro, de repente, comece a vencer partidas na sequência, considerando apenas o péssimo futebol que vem sendo mostrado, honestamente, eu acho que, mesmo em casa, vamos perder para Vasco (atual líder do campeonato), São Paulo (atual vice-líder), Corinthians (atual terceiro), e Internacional (brigando, no mínimo, por Libertadores).

Claro que posso queimar minha língua – e torço MUITO para isto acontecer – mas se nada mudar, todos estes times atualmente são MUITO melhores que o nosso, ou alguém duvida?

Fora de casa, também vai ser muito difícil arrancar pontos de Coritiba (vem jogando melhor que o Cruzeiro), Grêmio (onde não conseguimos bons resultados há tempos), Botafogo e Flamengo (disputando vaga na Libertadores, a arbitragem deve até ajudar os cariocas).

Então, meus amigos, o negócio é vencer o Atlético-GO em casa, tentar alguma coisa conta o Bahia em Salvador, e nas últimas quatro rodadas “partir pro tudo ou nada” contra Avaí, Atlético-PR, Ceará e Atlético-MG, quatro dos piores times do campeonato.

Não estou “rogando praga”, estou apenas fazendo uma difícil constatação, considerando o atual momento do Cruzeiro.

E não adianta mais aquele discurso de “cala a boca, colunista corneta, com duas vitórias a gente se aproxima da parte de cima”. ACORDA TORCEDOR!!! PARE DE SE ILUDIR. CHEGA DE “ATLETICANIZAÇÃO DA TORCIDA”. O ano de 2011 já acabou há tempos…

Culpa de quem? Dos dirigentes do Cruzeiro. Afinal, como eu disse acima, qualquer criança de 04 ou 05 anos seria melhor do que eles.

Abraços a todos.