Em busca do “Pão Nosso de Cada Dia”


É praticamente impossível escrever com critério e coerência jogo após jogo. Escrever com critério significa fazê-lo identificando o que é correto e verdadeiro, isto é, com discernimento.  Escrever com coerência implica a prevalência de uma uniforme maneira de pensar, proceder, julgar…

Para o ‘Grilo Azul’, é melhor não escrever do que escrever por escrever. Nada muda contando quantos post foram escritos, se nenhum deles fala com critério e coerência!

O ‘Grilo’ não escreveu desde antes do clássico citadino, do heroico 2×2 com sabor a ‘tirar o gostinho da boca’ do rival no último segundo, quando tinha os foguetes preparados para soltar antes da hora. Os heróis foram os torcedores, que de maneira desordeira e sem uma liderança real, pediram para os jogadores serem dignos de seu pão de cada dia.

Depois vencemos o Atlético Goianiense, na sua casa, por 2×0, um jogo de superação que punha em xeque o grupo diante de sua luta pelo pão de cada dia longe de seu amo e servidor, o torcedor.

Por fim, o ‘Grilo’ ficou expectante no jogo contra o Náutico, no Estádio Independência, tentando observar se, nesse terceiro momento de teste, mostrava sua atitude de se reerguer, de lutar pelo seu pão de cada dia.  E de novo fez bonito, não unicamente pela vitória de goleada (3×0), todavia, por honrar a roupa vestida, o almoço, a janta…

E o ‘Grilo’ não se ilude, agora almeja algo a mais: o pão de cada dia coletivo. Futebol não é tênis, golfe, automobilismo, esportes de caráter onde prepondera o individual sobre o coletivo.

Os grupos estão “fechados” na proposta quando ninguém se atreve a reclamar por ficar no banco. Vocês imaginaram todos os jogadores suplentes se sublevarem e postarem suas opiniões nas redes sociais, criando mal-estar com seus respectivos companheiros de posição? Ou todos participarem na jogada do gol e o autor, talvez tendo apenas tocado a bola até o fundo do gol, não festeja-lo?

O ‘Grilo’ ainda pensa que os nossos representados, como um todo, não aprovaram o ritual de passagem, um ritual no qual o plantel define que deixa de lutar pelo seu pão de cada dia e passa a defender o pão nosso de cada dia.

Talvez essa seja a grande batalha da torcida, ser EXIGENTE na defesa do grupo solidário em detrimento dos que possam tentar demonstrar o eu sou o cara, afinal de contas, já é muito para todos eles serem os atores escolhidos de 2012. Sabemos que eles irão embora, e nós seguiremos gritando ZEROOOOOOOOOOOOO, ZEROOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!